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Misericórdia de Lisboa oferece bolsas de estudo a refugiados sírios

28 jul, 2015

Trata-se de uma parceria com a plataforma liderada por Jorge Sampaio. Pedro Santana Lopes lamenta quem critique estas iniciativas e recorda que se trata de pessoas que perderam tudo na guerra.

Misericórdia de Lisboa oferece bolsas de estudo a refugiados sírios
A Santa Casa da Misericórdia de Lisboa associa-se, a partir de terça-feira, à plataforma de auxílio a estudantes Sírios, liderada pelo ex-Presidente Jorge Sampaio. No âmbito desta parceria, que inclui outras entidades, vão ser atribuídas dez bolsas de estudo, no valor de 50 mil euros ano por cada aluno, de forma a assegurarem os seus estudos e obterem residência.
A Santa Casa da Misericórdia de Lisboa associa-se a partir desta terça-feira à plataforma de auxílio a estudantes Sírios, liderada pelo ex-Presidente Jorge Sampaio.

No âmbito desta parceria, que inclui outras entidades, vão ser atribuídas dez bolsas de estudo, no valor de 50 mil euros ano por cada aluno, de forma a assegurarem os seus estudos e obterem residência.

O provedor da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, Pedro Santana Lopes, sublinha que o apoio a dez estudantes é o possível, e que ainda assim já foi alvo de críticas.

A Santa Casa tem de fazer esta distribuição equitativa. Gostávamos de dar mais a muitos lados, mas mesmo assim, dando só estas, já li algures críticas ao facto de darmos estas, dizendo ‘então e os portugueses?’. Gostava de lembrar que estas são pessoas que estão em situações de guerra, deslocadas das suas casas, sem terem onde dormir, sem terem o que comer muitas vezes, não tendo onde dormir. São pessoas que temos de ajudar a preparar para no futuro ajudarem os seus países a construir os tempos novos”.

Os alunos vão beneficiar do apoio previsto já no próximo ano lectivo.

Jorge Sampaio o líder da plataforma de auxílio aos estudantes Sírios lembra que as iniciativas de auxílio a refugiados devem ser apoiadas.

“A tragédia síria não deve ser encarada como um problema alheio. Como europeus, herdeiros de um acervo humanista, que coloca a dignidade da pessoa humana no centro do direito e dos direitos, da ética e do imperativo ético existencial, a questão do destino dos refugiados sírios não nos pode ser indiferente.”

“Por conseguinte, quaisquer iniciativas que tenham por objectivo acolher e criar oportunidades de futuro para os refugiados sírios devem ser estimuladas e apoiadas”, realça o ex-Presidente português.