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Maria Barroso. PM destaca “vida ímpar dedicada ao serviço dos outros”

07 jul, 2015

Para o primeiro-ministro, Maria Barroso "será para sempre recordada pela sua acção nobre e corajosa que contribuiu para uma sociedade civil mais robusta e esclarecida".

Maria Barroso. PM destaca “vida ímpar dedicada ao serviço dos outros”

O primeiro-ministro recordou Maria Barroso, que morreu esta terça-feira, como uma figura com "uma vida ímpar", dedicada ao serviço dos outros e à causa pública, e transmitiu as condolências em nome pessoal e do Governo português.

Maria de Jesus Barroso morreu aos 90 anos no Hospital da Cruz Vermelha, em Lisboa, onde estava internada em estado grave desde 26 de Junho.

"Foi com enorme tristeza que tomei conhecimento do falecimento da doutora Maria de Jesus Barroso. Teve uma vida ímpar, toda ela dedicada ao serviço dos outros e à causa pública, tendo pugnado de forma intransigente por princípios, valores e ideais, tais como a defesa da democracia, o respeito dos direitos humanos e a elevação da dignidade da pessoa", sublinha o primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, num comunicado enviada à agência Lusa.

Na nota, Pedro Passos Coelho destaca a intervenção marcante de Maria Barroso nas várias vertentes onde interveio, "com destaque para a área da cultura, do teatro e do cinema, da educação, da política - tendo participado no congresso fundador do Partido Socialista -, da família e da infância, da saúde, da solidariedade social, da prevenção da violência e da integração de pessoas com deficiência".

"A doutora Maria de Jesus Barroso deixou, ainda, uma marca notável nas muitas instituições que fundou, ajudou a criar ou presidiu, nomeadamente a Fundação Pro Dignitate, a Cruz Vermelha Portuguesa, a Associação para o Estudo e a Prevenção da Violência e a Fundação Aristides de Sousa Mendes", recorda.

Para o primeiro-ministro, Maria Barroso "será para sempre recordada a sua acção nobre e corajosa, o seu constante dinamismo e empenho, que contribuiu para uma sociedade civil mais robusta e esclarecida" e, por isso, foi reconhecida e agraciada ao longo da vida com várias distinções académicas e honoríficas, nacionais e estrangeiras.

"Neste momento de profundo pesar, quero transmitir à família enlutada, em nome pessoal e do Governo português, as minhas mais sinceras condolências e testemunhar publicamente a grande perda que hoje todos os portugueses sentem", conclui a nota do primeiro-ministro.

O corpo estará em câmara ardente no Colégio Moderno a partir das 18h00 desta terça-feira, “de forma a permitir que os seus amigos possam prestar uma última homenagem”, anunciou José Barata, porta-voz Hospital da Cruz Vermelha, que leu um comunicado da família.

O funeral para o Cemitério dos Prazeres tem lugar quarta-feira, depois da realização, pelas 10h00, da missa de corpo presente no Campo Grande.