Emissão Renascença | Ouvir Online

800 anos a falar português. Um trabalho para pensar quanto vale a língua

06 jul, 2015

Em 2014 comemoraram-se oficialmente oito séculos de língua portuguesa. A Renascença destaca um trabalho multimédia de estudantes de Ciências da Comunicação, "O Testamento da Língua". Quanto vale essa língua de 200 milhões e meio de pessoas?

“En’o a nome de Deus. Eu rei don Afonso pela gracia de Deus rei de Portugal…” Assim arranca o primeiro texto escrito em Português, no ano da graça de 1214. D. Afonso II deixava um testamento que é hoje considerado o primeiro registo escrito da Língua Portuguesa. Guardado na Torre do Tombo, "documenta a produção primitiva portuguesa e a tradição de escrita veiculada pela Chancelaria Régia".

Este documento, juntamente com outros da época, deu o mote para as comemorações oficiais dos 800 anos da Língua Portuguesa. Estenderam-se entre 5 de Maio de 2014 e 10 de Junho deste ano. Foi a celebração dos "8 Séculos da Língua Portuguesa", evento organizado pela associação com o mesmo nome, apoiado pelo Instituto Camões. Durante um ano projectou-se "pensar a afirmação da Língua Portuguesa no mundo, a nível cultural, político e económico, bem como nas grandes instituições internacionais".

Um exercício que alunos da Universidade do Minho, finalistas do curso de Ciências da Comunicação, decidiram pôr em prática na grande reportagem multimédia "O Testamento da Língua".

Em parceria com a Universidade do Minho, a Renascença destaca esta segunda-feira esse trabalho, que nos leva a pensar o impacto económico da língua, a reflectir sobre as polémicas em redor do Acordo Ortográfico ou a visitar a recém-criada Casa da Língua Portuguesa.

Lá, na abertura, pode ler-se assim: “É moeda de troca, palavra por dizer, sorriso revelado, catalisador de amizade. Com sotaques e variantes, está viva nos quatro continentes, morando na casa de cerca de 200 milhões e meio de pessoas em todo o mundo. No ano em que o português celebra os seus oito séculos de vida, há uma pergunta que não se pode deixar de fazer: Quanto vale a Língua Portuguesa?"