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Só três dos dez helicópteros comprados em 2006 estão aptos a voar

29 jun, 2015 • Celso Paiva Sol

Primeira frota de meios vocacionada para missões de protecção civil, emergência médica e segurança custou 62 milhões de euros. Esta segunda-feira, com a queda de um helicóptero em Sanfins, voltou a ficar mais pequena.

Só três dos dez helicópteros comprados em 2006 estão aptos a voar

Com o acidente desta segunda-feira, são cada vez menos os aparelhos do Estado disponíveis para o serviço. Dos dez helicópteros comprados em 2006, só três estão aptos para voar.

Tem sido uma conta de subtrair desde que em 2006, por iniciativa do então ministro da Administração Interna António Costa, Portugal adquiriu dez helicópteros.

A primeira frota de meios vocacionada para missões de protecção civil, emergência médica e segurança custou 62 milhões de euros e era composta por seis helicópteros pesados Kamov e quatro helicópteros ligeiros B3-Ecureuil.

A frota começou a ficar mais pequena logo em 2007, quando um B3-Ecureuil se despenhou no Gerês. Do acidente resultou a morte do piloto.

Em Setembro de 2012, ocorreu um novo acidente, desta vez com um Kamov que se despenhou quando combatia um incêndio em Ourém, provocando ferimentos nos dois ocupantes.

Até hoje, nunca foi tomada a decisão de reparar esse Kamov e o helicóptero pesado continua parado num armazém de Ponte de Sôr.

Mais recentemente, em Março, ficou a saber-se que a frota de meios próprios do Estado ficou ainda mais reduzida, porque na transferência de empresas responsáveis pela manutenção e operação dos helicópteros foram detectadas avarias graves em quatro dos cinco Kamov que ainda restavam.

Esta segunda-feira, com a queda de mais um aparelho ligeiro B3-Ecureuil, em Sanfins, no concelho de Paços de Ferreira, o número de aeronaves disponíveis passou a ser o mais reduzido de sempre.

Em comunicado, a Autoridade Nacional de Protecção Civil disse estar "a procurar substituir a aeronave em causa por outro meio aéreo equivalente em termos de capacidade de operação", depois de o helicóptero ligeiro B3-Ecureuil, que estava estacionado em Baltar, ter caído numa lagoa durante a operação de combate a um incêndio em Sanfins.

Dos dez aparelhos comprados há nove anos, nesta altura estão disponíveis para voar apenas três: um helicóptero pesado Kamov e dois ligeiros B3-Ecureuil.