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PSP quer saber quem "vendeu" a Assembleia da República

23 jun, 2015 • Celso Paiva Sol

Depois do Parlamento, cerca de 30 edifícios acordaram esta terça-feira com faixas com a palavra “vendido”, entre os quais o Centro Cultural de Belém, instalações dos CTT, da Segurança Social e da TAP.

PSP quer saber quem "vendeu" a Assembleia da República

A Polícia de Segurança Pública está a investigar o aparecimento de faixas com a palavra “vendido”, que desde segunda-feira têm surgido em vários edifícios públicos.

O primeiro caso registou-se na varanda principal da Assembleia da República, mas o protesto já chegou a outros edifícios e a PSP está a recolher informação.

Em causa está o crime de “intromissão em local vedado ao público”. É nesse âmbito que as forças de segurança estão a trabalhar desde segunda-feira.

A polícia está a elaborar o auto de notícia do incidente no Parlamento, que será depois enviado ao Ministério Público, mais concretamente ao DIAP de Lisboa. Por outro lado,  monitoriza as acções já levadas a cabo pelo Movimento AGIR, mas sobretudo das que possam ainda vir a ser desencadeadas.

No caso do Parlamento, as autoridades querem saber quem colocou a faixa na varanda principal do edifício, como é que entrou na Assembleia e, ainda, se era uma visita ou trabalhador do Parlamento. A investigação está em curso e conta, entre outras coisas, com a ajuda das imagens que existem.

No que diz respeito a outras acções, a PSP não sabe exactamente quantas, mas nas redes sociais fala-se em cerca de 30 edifícios que esta terça-feira acordaram com faixas, cartazes ou autocolantes com a palavra “vendido”.

O mais visível terá sido o Centro Cultural de Belém (CCB), onde foi colocada uma faixa de tamanho significativo, mas há também noticia da palavra “vendido” em instalações dos CTT, da Segurança Social e da TAP.

As fontes policiais contactadas pela Renascença recusam a ideia de que estes casos tenham dado origem ao reforço da vigilância na cidade de Lisboa, mas admitem, ainda assim, que alguns edifícios, sobretudo os dos órgãos de soberania, possam ter agora uma atenção mais apertada.