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Governo e sindicatos da PSP. Novas negociações sob o espectro de novos protestos

28 mai, 2015 • Celso Paiva Sol

Segunda ronda negocial prolonga-se até diz 3 de Junho. A pré-aposentação é um dos principais pontos de desacordo. ASPP admite "todo o tipo de acções" de protesto, caso a ministra da Administração Interna não ceder na proposta inicial do estatuto da carreira.

Esta quinta-feira é um dia decisivo na relação entre a Ministra da Administração Interna e os sindicatos da PSP. As duas partes recomeçam as negociações para a elaboração de o novo Estatuto Profissional dos polícias.

Na mesa está a proposta inicial da ministra Anabela Rodrigues, muito criticada pelos sindicatos, e as contrapropostas que estes entretanto apresentaram.

No arranque da segunda ronda de conversas, o presidente do maior sindicato do sector, Associação Sindical dos Profissionais de Polícia (ASPP), Paulo Rodrigues, diz à Renascença que já não há tempo, nem margem de manobra para mais adiamentos.

 “Se a ministra disser que não vai haver qualquer alteração ao estatuto ou, a existir, que não são consideradas as nossas propostas, é evidente que não vamos ter alternativa, vamos demonstrar a nossa indignação através das acções de protesto”, garante.

Paulo Rodrigues diz que “todo o tipo de acções estarão em cima da mesa, o que não quer dizer que as acções de protesto, onde se incluem também as manifestações, tenham de ser em frente ao Parlamento, poderão ser em frente a muitos locais, inclusive ao próprio Ministério da Administração Interna”.

A pré-aposentação é um dos pontos de maior discórdia entre as partes.

“Nós consideramos que não deixar que os profissionais aos 55 anos possam passar à pré-aposentação é tornar de alguma forma difícil o funcionamento da instituição e pôr em causa a qualidade do serviço público”, explica.
 
A segunda ronda de negociações entre o Ministério da Administração Interna e os 12 sindicatos da PSP começa esta quinta-feira e só acaba na próxima quarta-feira, dia 3.