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Não estão a ser cumpridas regras nos cortes de árvores, dizem ambientalistas

27 mai, 2015

Autarquia de Lisboa confirma alguns erros, mas diz que estão a ser feitas acções de formação nas juntas de freguesia.

Um grupo de associações de Lisboa escreveu uma carta aberta ao presidente da autarquia, Fernando Medina, reclamando contra o que classificam como "corte abrupto" de árvores e contra o não tratamento dos arvoredos no concelho.

No documento, descreve-se aquilo a que se chama "intervenção radical e devastadora" que as árvores de Lisboa têm sofrido nas últimas semanas, através de empreitadas de poda e abate de árvores por toda a cidade.

Libério Sobreiro, da Quercus, associação que também se junta a esta iniciativa, aponta para irregularidades: "Há uma série de normas que a Câmara deve cumprir quando se dá um abate de árvores e que não está a ser cumprido”.

O grupo de associações acusa a Câmara de não tratar das árvores, limitando-se a cortá-las.

Contactado pela Renascença, José Sá Fernandes, vereador responsável pelos espaços verdes, admite que houve alguns erros e cortes incorrectos. Sá Fernandes lembra que, agora, são as juntas de freguesia que têm essa função de zelar pelas árvores da sua área. Mesmo assim, a autarquia tem promovido acções de formação junto dos trabalhadores.

O vereador adiantou ainda que a Câmara tem já elaborado um regulamento com procedimentos para cuidar de árvores e jardins, que vai apresentar e discutir na próxima quarta-feira com os presidentes de junta.