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Precisam-se costureiras, serralheiros e soldadores em Famalicão

25 mai, 2015

O concelho está com uma trajectória "acentuada" de descida da taxa de desemprego, que passou de 16 para 10%, mas várias empresas locais procuram trabalhadores e não os encontram.

Cerca de 45% dos empregos oferecidos pelas empresas de Famalicão nos últimos dois anos ficaram por preencher, essencialmente por desajustamento entre o perfil pretendido e os candidatos inscritos no Centro de Emprego.

Domingos Sousa, director do Centro de Emprego de Famalicão, revelou que outros dos factores que contribuiu para o não preenchimento das vagas foi "o elevado peso" da economia informal.

O responsável, que falava em conferência de imprensa, no final de uma reunião com o presidente da câmara, disse que o têxtil e vestuário, o agro-alimentar e a metalurgia e metalomecânica foram os sectores onde se verificou uma maior falta de profissionais.

"Estamos a falar, por exemplo, de costureiras, de tecedeiras, de serralheiros e de soldadores", referiu à agência Lusa.

Nos últimos dois anos, foram registados no Centro de Emprego de Famalicão seis mil ofertas de postos de trabalho, tendo o número de colocações ascendido a 3.342.

De acordo com o que foi revelado na conferência de imprensa, o concelho de Vila Nova de Famalicão está com uma trajectória "acentuada" de descida da taxa de desemprego, que passou de 16 para 10%. Dos mais de 11 mil desempregados registados em Janeiro de 2013, subsistem actualmente pouco mais de sete mil.

Segundo o presidente da Câmara, Paulo Cunha, isto significa que o concelho se aproxima do chamado desemprego estrutural, ou seja, da taxa de desemprego que não está directamente associada ao contexto de crise económica que o país atravessa desde 2008.

"São muito boas notícias para Famalicão" disse Paulo Cunha, sublinhando que a performance resulta, em parte, do "processo interinstitucional que aproximou as empresas das escolas e que valorizou o ensino profissional nos últimos anos em Famalicão".

"Fomos dos primeiros municípios do país a ultrapassar a meta dos 50% dos jovens estudantes inseridos no ensino profissional", acrescentou.