06 mai, 2015
"O Novo Banco devia era agradecer-nos por conseguirmos controlar as pessoas para não reagirem de forma mais intempestiva e agressiva contra os gestores que os enganaram", sustentou, assegurando que, "se as manifestações não existissem, já teria havido desgraças e consequências para os gestores do Novo Banco".
Segundo acrescentou, os clientes lesados têm dirigido as suas iniciativas ao Novo Banco "porque, como o próprio disse entre Agosto [de 2014] e Fevereiro [de 2015], é o responsável pelo papel comercial e tinha a intenção de o pagar". "Foram [emitidos pelo Novo Banco] quatro ou cinco comunicados a dizer isso", sustentou, considerando que "não é uma boa prática um banco mentir aos seus clientes e o Novo Banco mentiu diversas vezes".
Em resposta às frequentes manifestações concretizadas junto das agências do Novo Banco por todo o país, a instituição financeira vem mais uma vez esclarecer que "o Novo Banco é um banco de transição e não tem autonomia para decidir e executar propostas destinadas a sanar ou a compensar o incumprimento dos referidos instrumentos de dívida".
A 3 de Agosto de 2014, o Banco de Portugal tomou o controlo do BES, após a apresentação de prejuízos semestrais de 3,6 mil milhões de euros, e anunciou a separação da instituição em duas entidades: o chamado banco mau (um veículo que mantém o nome BES e que concentra os activos e passivos tóxicos do BES, assim como os accionistas) e o banco de transição que foi designado Novo Banco.