06 mai, 2015
A Polícia Judiciária do Porto e inspectores da Autoridade Tributária efectuaram buscas a cerca de 20 empresas de um grupo do sector têxtil, numa investigação que se estende também a algumas residências particulares.
Em comunicado, a PJ esclarece que na origem das buscas estão suspeitas de crimes de fraude fiscal, associação criminosa e branqueamento de capitais.
Foram feitas três dezenas de buscas na “Operação Fazenda Branca”, na área do Grande Porto e também em Lisboa, Coimbra e Braga, e detidas nove pessoas com idades entre os 38 e 63 anos.
“As investigações permitiram indiciar a existência de um grupo organizado no sector da compra e venda de têxteis que, actuando de forma concertada e permanente, vinha efectuando transacções comerciais sem proceder à respectiva declaração fiscal ou fazendo-o com falsidade, lesava a Fazenda Nacional em dezenas de milhões de euros em sede de IRC e IVA”, refere o comunicado.
Foram apreendidos veículos automóveis, diversas obras de arte e outros bens móveis, milhares de euros em dinheiro e documentação relevante.
A notícia foi avançada pelo “Jornal de Notícias”, que diz estar em causa a cadeia Feira dos Tecidos. Entre os detidos estará o proprietário de grupo.
Os detidos vão ser presentes a primeiro interrogatório judicial para aplicação das medidas de coacção.
Em declarações à Renascença, o presidente da Associação Têxtil e Vestuário, João Costa, mostrou-se disponível para colaborar com a investigação, mas garantiu desconhecer a existência de busca. “Pretendemos sempre é que estas coisas sejam tratadas adequadamente e que aquilo que houver a esclarecer seja esclarecido”, afirmou. João Costa afirma que o sector têxtil tem pautado a sua actuação pelo cumprimento da lei, mas defende que se investiguem todas as suspeitas.
[Notícia actualizada as 16h00]