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Médica condenada por assalto a ourivesaria

06 mai, 2015

Tribunal deu como provado que a mulher tentou fugir com várias jóias, depois de atirar gás pimenta para a cara da funcionária.

Uma médica acusada de ter tentado assaltar, em 2011, uma ourivesaria em Lisboa, foi esta terça-feira condenada a dois anos de prisão, com pena suspensa por igual período, e ao pagamento de uma indeminização superior a 2.000 euros.

A arguida, médica legista, de 51 anos, estava acusada de um crime de roubo agravado na forma tentada, de um crime de detenção de arma proibida e de uma contra-ordenação.

O tribunal deu como provado que a mulher entrou na ourivesaria, situada no Centro Comercial Roma, e, depois de atirar gás pimenta para a cara da funcionária, tentou fugir com várias jóias, no valor total de 7.200 euros, que tinham sido colocadas em cima do balcão.

"A arguida estava na posse de todas as suas faculdades mentais", disse a juíza, sublinhando que pelo depoimento das testemunhas se provou que a médica "estava consciente dos seus actos" e mostrava "rapidez de raciocínio".

O tribunal condenou a médica a uma pena suspensa de prisão de dois anos, pelo facto de não ter antecedentes criminais, pelo crime de roubo agravado, e ao pagamento de uma indeminização cível de 2.000 euros à funcionária agredida, por danos não patrimoniais, e de 147 euros ao hospital que atendeu esta vítima.

A arguida - que não esteve presente na leitura da sentença - foi ainda condenada a uma multa de 1.500 euros pelo crime de detenção de arma proibida (gás pimenta), a uma coima de 700 euros devido a uma contra-ordenação (posse de uma réplica de arma de fogo) e fica obrigada a participar num plano individual de readaptação social.

No final da sessão, em declarações aos jornalistas, o advogado da médica, João Martins Leitão, reconheceu que a decisão não o deixou surpreendido e que ainda irá ponderar se avançará ou não com recurso.

"O tribunal entendeu desta forma e há que respeitar. A procissão ainda vai no adro e teremos de ponderar com sensatez se iremos ou não recorrer", declarou João Martins Leitão.