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Terça-feira há greve parcial no metro de Lisboa

27 abr, 2015

Portas das estações só deverão abrir pelas 10h00.

Terça-feira há greve parcial no metro de Lisboa

O metropolitano de Lisboa só deverá funcionar a partir das 10h00 na terça-feira, devido a uma greve parcial decretada pelos sindicatos representativos dos trabalhadores.

A empresa revela, em comunicado, que, "por motivo de greve parcial convocada pelas organizações sindicais representativas dos trabalhadores" da empresa, o serviço de transporte estará suspenso na terça-feira "entre as 6h30 [hora habitual de abertura] e as 9h30", prevendo-se que "a circulação esteja normalizada a partir das 10h00".

Devido à greve, a Carris reforçará com um número suplementar de autocarros as carreiras que coincidem com os eixos servidos pelo metro, designadamente as carreiras 726 (Sapadores-Pontinha), 736 (Cais do Sodré-Odivelas), 744 (Marquês de Pombal-Moscavide) e 746 (Marquês de Pombal-Estação da Damaia), acrescentou o Metropolitano.

Na sexta-feira, o tribunal arbitral do Conselho Económico e Social (CES) decretou serviços mínimos apenas relativamente aos serviços necessários à segurança e à manutenção para a greve parcial de terça-feira, o que não abrange a circulação de composições.

Os trabalhadores contestam a subconcessão da Metro de Lisboa, actualmente em concurso público até 14 de Maio, decidida pelo Governo.

Para o descontentamento dos trabalhadores contribui também a existência de "problemas concretos de trabalho da maior parte das categorias profissionais e a redução cada vez mais acentuada do número de trabalhadores" e a defesa do metropolitano "enquanto empresa pública", de acordo com a Federação dos Sindicatos dos Transportes e Comunicações (Fectrans).

A greve de terça-feira é a quarta greve parcial no metro desde o início do ano. Foram já realizadas greves semelhantes a 24 de Fevereiro e a 16 e 18 de Março.

Os trabalhadores tinham marcado uma paralisação de 24 horas para 10 de Abril, que adiaram primeiramente para o dia 17 deste mês e que acabaram por suspender depois de o tribunal arbitral ter decretado a obrigatoriedade de realização de serviços mínimos.

De acordo com Anabela Carvalheira, da Fectrans, os serviços mínimos põe em causa a segurança na circulação do Metro.

Os trabalhadores do Metropolitano de Lisboa e os da rodoviária Carris agendaram greves de 24 horas contra a subconcessão das empresas para 12 e 14 de Maio, respectivamente.

Quando suspenderam a greve de dia 17 de Abril, os sindicatos representativos dos trabalhadores do metro alertaram, em comunicado, que seria "a última vez" que adiariam o protesto "em defesa da segurança".