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Cerveja quer aumentar idade de consumo de bebidas espirituosas

23 abr, 2015

Associação dos cervejeiros critica alterações à lei do álcool.

Cerveja quer aumentar idade de consumo de bebidas espirituosas

A Associação Portuguesa dos Produtores de Cerveja (APCV) critica as alterações à lei do álcool, que o Governo aprovou esta quinta-feira.

O secretário-geral da APCV, Francisco Gírio, defende que deveria manter-se a diferença etária para o consumo de bebidas com teores de álcool diferentes.

A Associação Portuguesa dos Produtores de Cerveja sugeriu ao Governo, no caso de passar a idade mínima para consumo de cerveja e vinho para os 18 anos, “deveria também subir a idade mínima das bebidas espirituosas, ou seja, das bebidas brancas”, por exemplo, para os 20 anos.

“Achamos que não é indiferente um jovem menor de idade iniciar-se no consumo de bebidas alcoólicas com uma bebida como uma cerveja, que tem quatro graus de álcool, ou uma bebida espirituosa, que tem 40 graus de álcool”, sublinha Francisco Gírio.

Posição diferente tem a Associação Nacional de Empresas de Bebidas Espirituosas (ANEBE), que aplaude a medida do Governo.

A harmonização da idade de consumo vai de encontro “às melhores práticas internacionais, da melhor evidência científica, de uma facilitação da fiscalização e da aplicação da legislação”, defende o secretário-geral da ANEBE, Mário Moniz Barreto.

“Não há bom e mau álcool. Há é maus comportamentos em relação ao álcool”, afirma a Associação Nacional de Empresas de Bebidas Espirituosas.

O conselho de ministros decidiu esta quinta-feira proibir a venda e o consumo de qualquer bebida alcoólica a menores de 18 anos, alargando a medida que abrangia apenas as bebidas espirituosas.

O Governo também decidiu proibir o fumo em espaços públicos fechados a partir de 2020, altura em que passa também a ser proibida a venda de tabaco com aroma.