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A greve na TAP, o "apelo humilde" do ministro e a "inteligência" dos pilotos

22 abr, 2015

Para o ministro Pires de Lima, o que está em causa na greve é o "quinhão que os pilotos reclamam para si da TAP".

A greve na TAP, o "apelo humilde" do ministro e a "inteligência" dos pilotos
O ministro da Economia fez um "apelo humilde" para que os pilotos recuem na intenção de fazer greve, afirmando que errar é humano.

"Quero acreditar que muitos pilotos já se aperceberam da irrazoabilidade deste pré-anúncio de greve. Errar é humano, não corrigir o erro demonstra falta de sensibilidade e de inteligência", declarou Pires de Lima, esta quarta-feira, fazendo "um apelo humilde ao sindicato dos pilotos para que reveja a sua posição".

Os pilotos da TAP marcaram uma greve de dez dias entre 1 e 10 de Maio por considerarem que o Governo não está a cumprir o acordo assinado em Dezembro de 2014 nem um outro, estabelecido em 1999, que segundo o ministro da Economia "é ilegal".

"Já toda a gente percebeu que os pilotos não estão contra a privatização da TAP, já toda a gente percebeu que os pilotos querem que a TAP seja privatizada desde que lhe seja dado 20% do capital", sublinhou Pires de Lima, acrescentando que "uma empresa com a importância estratégica da TAP não pode estar refém de 190 pilotos ou de 900 pilotos".

O governante afirmou ainda que a greve representará "um dano importante na economia, mas sobretudo um dano tremendo para a TAP", apelando "ao bom senso e à inteligência dos pilotos".

Para Pires de Lima, o que está em causa na greve é o "quinhão que os pilotos reclamam para si da TAP" e que "não é razoável numa empresa que serve um interesse estratégico nacional".