21 abr, 2015
Os funcionários dos hipermercados e supermercados vão fazer greve no 1º de Maio - Dia do Trabalhador foi decidido esta terça-feira num encontro nacional de sindicalistas do sector.
A defesa de aumentos salariais e da melhoria das condições de trabalho são os motivos que estão na origem do protesto.
A paralisação no Dia do Trabalhador é um dos pontos principais de uma resolução aprovada por mais uma centena de dirigentes e activistas sindicais do sector da grande distribuição, que se reuniu em Lisboa para discutir a situação laboral e as propostas das empresas do ramo.
"Há indicadores que mostram que existe uma grande descontentamento no sector da grande distribuição, onde os trabalhadores estão a viver uma situação muito difícil”, disse à agência Lusa o presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Comércio e Serviços (CESP).
Manuel Guerreiro fala em “muitos casos de doença de foro psicológico e psiquiátrico, dificuldade em conciliar o trabalho com a vida familiar e com ritmos de trabalho cada vez mais exigentes".
A degradação das condições de trabalho, o aumento das exigências nas empresas e o congelamento salarial dos últimos cinco anos são, segundo o sindicalista, os principais motivos que levaram à marcação da greve.
Manuel Guerreiro prevê "uma grande adesão" para a paralisação de 1 de Maio, porque "os trabalhadores estão muito indignados com as propostas miseráveis que cortam no valor do trabalho extraordinário e aumentam os horários de trabalho.
Nos últimos anos o CESP tem emitido pré-aviso de greve para o 1.º de Maio, para dar a possibilidade aos trabalhadores dos super e hipermercado de comemorarem o Dia do Trabalhador, mas, este ano, o objectivo da greve não será apenas esse "porque tem a ver com a situação laboral especifica destes trabalhadores", explicou o sindicalista.
[notícia actualizada às 21h07]