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Lisboa

Transportes públicos. Trabalhadores em marcha de protesto esta quarta-feira

21 abr, 2015

Funcionários do Metropolitano de Lisboa, Transtejo e Soflusa protestam contra a privatização. Na Carris foi entregue um pré-aviso de greve para todo o dia.

Transportes públicos. Trabalhadores em marcha de protesto esta quarta-feira
Os trabalhadores das transportadoras Carris, Metropolitano de Lisboa, Transtejo e Soflusa vão realizar uma marcha de protesto, na quarta-feira, contra a intenção de privatização das empresas.

O coordenador da Federação dos Sindicatos dos Transportes e comunicações (Fectrans), José Manuel Oliveira, disse à agência Lusa que o objectivo da marcha, marcada para as 10h00, é "mostrar que a privatização que o Governo quer fazer vai aumentar os custos para os utentes e piorar a qualidade dos serviços".

A marcha tem início previsto para o Cais do Sodré, com destino ao Largo de Camões, um percurso no qual o dirigente sindical espera centenas de trabalhadores e utentes.

"Já temos algumas comissões de utentes confirmadas", disse José Manuel Oliveira, adiantando que na Carris foi entregue um pré-aviso de greve para todo o dia de quarta-feira e, por isso, prevê-se constrangimentos no serviço desta empresa.

A empresa indicou que as perturbações devem ocorrer entre as 3h00 até ao final do último serviço do dia e que estarão em funcionamento, em 50% do regime normal, as carreiras 703 (Charneca - Bairro de Santa Cruz) e 751 (Estação de Campolide - Linda-a-Velha). "Em total funcionamento estará o serviço de transporte exclusivo de pessoas com mobilidade reduzida", acrescenta a Carris.

Já para o Metro de Lisboa, Transtejo e Soflusa não se perspectiva qualquer paralisação.

O secretário de Estado dos Transportes, Sérgio Silva Monteiro, anunciou no final de Fevereiro que a subconcessão das operações do Metro de Lisboa e da Carris deverá estar concluída até ao final de Julho. A Carris e o Metro têm uma administração comum desde o início do ano, que partilham ainda com a Transtejo/Soflusa, mas esta última ficou fora desta proposta de concessão.

Os trabalhadores convidam "as autarquias da região e, em particular, os seus presidentes, as comissões de utentes e todas as entidades e pessoas que se identifiquem com defesa de um serviço público de transportes e que se oponham à privatização destas empresas" a participar.