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Sindicatos da RTP criticam salário de novo presidente

17 abr, 2015

Numa altura em que, segundo os sindicatos, se pedem sacrifícios aos trabalhadores, a “excepção salarial” não é bem vista pelos trabalhadores.

Sindicatos da RTP criticam salário de novo presidente

Os sindicatos da RTP insurgem-se contra a “excepção salarial” do novo presidente da empresa.

Em comunicado conjunto, os sindicatos da empresa pública de televisão e rádio lembram que “Gonçalo Reis passa a auferir um salário de 10 mil euros, valor muito acima daquele que recebia o anterior detentor do cargo e daquele que ganha o primeiro-ministro de Portugal”.

Para além de considerarem que a “situação de excepção” já seria grave por si só (…) torna-se ainda mais insultuosa quando todos sabemos o que tem acontecido na RTP nos últimos anos e continua a acontecer”.

Os sindicatos lembram que “o Conselho de Administração mantém-se empenhado em cortar nas remunerações dos trabalhadores” enquanto, por exemplo se pagam “500 euros por membro e por reunião” aos elementos do Conselho Geral Independente e se aumentam “nas remunerações dos actuais elementos do Conselho de Administração”.

O novo presidente do conselho de administração da RTP, Gonçalo Reis, vai ganhar 10 mil euros por mês, um valor superior ao do seu antecessor no cargo, Alberto da Ponte, segundo um diploma publicado no Diário da República.

O despacho do ministério das Finanças autoriza o presidente da RTP e o vogal da administração, Nuno Artur Silva, a optarem pela remuneração média dos últimos três anos do lugar de origem, um regime previsto no Estatuto do Gestor Público.

O anterior presidente da RTP, Alberto da Ponte, abdicou deste regime, obtendo em 2013, de acordo com o último relatório e contas disponível no `site` da televisão pública, uma remuneração bruta anual após deduções de 91.987,39 euros, ou seja, 7.665,6 euros por mês.