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Criminalidade grave desce. Violência doméstica sobe

30 mar, 2015

Dados da criminalidade reportada às autoridades são avançados pelo Relatório Anual de Segurança Interna.

A criminalidade violenta e grave desceu 5,4% no ano passado, de acordo com o Relatório Anual de Segurança Interna (RASI), apresentado esta segunda-feira em Lisboa.

De acordo com o documento, que apresenta os principais resultados da criminalidade e actividade das forças e serviços de segurança, em 2014 registaram-se 19.061 casos de criminalidade violenta e grave, menos 1086 em relação a 2013.

Este tipo de criminalidade registou, no entanto, um aumento "residual" nos distritos de Braga, Bragança, Portalegre, Porto, Viana do Castelo e Vila Real.

O documento foi apresentado em conferência de imprensa pela secretária-geral do Sistema de Segurança Interna, Helena Fazenda, que salientou que os números sobre criminalidade violenta têm vindo a baixar, sobretudo nos últimos três anos.

Em termos gerais, disse a responsável, a criminalidade diminuiu 6,7% em 2014 em todos os distritos do país, registando-se 343.768 participações, menos 24.684 do que no ano anterior.

A tendência de descida da criminalidade tem acontecido desde 2008 e acentuou-se nos dois últimos, com menos 10% de participações.

Do total da criminalidade participada, destacam-se os crimes contra o património e os crimes contra as pessoas, que constituem 80% da criminalidade e que também diminuíram em todos os distritos.

Lisboa representa um quarto das participações, seguindo-se Porto e Setúbal. Os três distritos representam mais de 50% da criminalidade participada.

De acordo com os dados apresentados por Helena Fazenda, dos tipos de crime que mais desceram contam-se o furto em residência (menos 13%), a condução em estado de embriaguez e sem habilitação e ainda o furto de metais não preciosos.

Ainda em relação à criminalidade violenta e grave, a responsável destacou, pelo maior número de participações, o roubo na via pública, o roubo por esticão e a resistência e coacção sobre funcionários (ao todo representam 76% das participações e concentram-se em Lisboa, Porto e Setúbal).

Diminuíram os roubos a correios, ourivesarias, bancos, farmácias, o roubo de viaturas e também o homicídio teve um decréscimo de 13,8%, com 100 participações.

Ainda segundo o documento apresentado por Helena Fazenda, os casos de fogo posto diminuíram quase 50% e diminuíram também os presos preventivos e condenados (menos dois por cento).

Violência doméstica aumenta
A secretária-geral do Sistema de Segurança Interna sublinhou que a violência doméstica como um tipo de crime que, pelo aumento, mais preocupação levanta.

“A violência doméstica contra cônjuge ou análogo tem uma subida de mais 31 casos participados”, revelou Helena Fazenda.

Outros crimes com maior expressão ao longo do ano de 2014 foram “o furto de oportunidade de objectos não guardados – quando nos esquecemos de qualquer coisa em qualquer lado - com mais 877 participações, e o furto por carteirista, com mais 3.721 participações”.