Aumento do IMI é "bomba-relógio" para as famílias. PS promete repor cláusula
09 mar, 2015
Socialistas querem regresso da cláusula de salvaguarda do Imposto Municipal sobre Imóveis que limita até 75 euros o aumento anual do imposto.
O PS afirmou esta segunda-feira que pretende repor a cláusula de salvaguarda do Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI) que limita até 75 euros o aumento anual do imposto.
"O Partido Socialista, como referiu o secretário-geral António Costa, quando for governo, reporá a cláusula de salvaguarda no próximo Orçamento do Estado porque no nosso entender é urgente travar este aumento brutal do IMI", afirmou o deputado António Ramos Preto em declarações à Lusa.
O deputado socialista disse que "é trágico que as famílias sejam confrontadas com esta verdadeira bomba-relógio que neste mês de Março lhes entra pela casa dentro", referindo-se ao aumento esperado do valor do IMI, no primeiro ano em que não é aplicada esta cláusula de salvaguarda.
António Ramos Preto relembrou que o PS pediu a prorrogação da cláusula de salvaguarda em 2013 e 2014, acusando PSD e CDS de fazerem "orelhas moucas" e não quererem aprovar a continuação deste travão.
O deputado sublinhou também que "houve um conjunto de municípios, como o município de Lisboa e outros, que, no quadro dos poderes que resultam da autonomia do poder local, tiveram consciência da grave situação em que vivem milhares de famílias portuguesas, e aplicaram a taxa mínima".
"Temos de aguardar por um novo governo e com este compromisso solene do nosso secretário-geral de que efectivamente a cláusula de salvaguarda do IMI será reposta no próximo orçamento [de Estado] de 2016", afirmou Ramos Preto.
Os jornais "Diário de Notícias" e "Jornal de Notícias" noticiam esta segunda-feira que o fim do travão no IMI poderá resultar no aumento deste imposto até 500%.