27 fev, 2015 • Ana Carrilho
Mais de metade dos turistas que visita Reguengos de Monsaraz são estrangeiros. O ano passado, a cidade alentejana recebeu 65 mil visitantes e a maioria veio de fora: sobretudo de Espanha,de França, do Reino Unido e cada vez mais do Brasil.
Mas com a eleição de Reguendos de Monsaraz como Cidade Europeia do Vinho 2015, o presidente da Câmara, José Calixto, espera que o concelho receba cerca de 100 mil de turistas.
E podem vir de outros destinos, a que não será alheia a promoção conseguida com o artigo de um dos jornais americanos de maior circulação, o USA Today e que refere Reguengos de Monsaraz como “ o melhor destino vitivinícola para visitar”. Ou com as referência da "National Geographic", entre outras.
Reguengos é a maior sub-região vitivinícola do Alentejo e tem oito grandes produtores. À espera de licenciamento estão outras duas adegas. A produção na anual ronda os 30 milhões de litros de vinho de qualidade, vendido a um valor médio superior a três euros.
"A designação de 'Cidade Europeia do Vinho' permite-nos valorizar aquela que é uma das maiores riquezas do concelho", diz José Calixto, em declarações à Renascença. Mas os motivos de interesse alargam-se ao turismo de natureza, à gastronomia, ao artesanato e ao astroturismo. A que acresce o reconhecimento pela UNESCO, do Cante Alentejano como Património Imaterial da Humanidade. E o maior lago da Europa, o Alqueva que antes tantas dores de cabeça deu, começa a gerar bons negócios e trazer cada vez mais turistas.
O concelho tem cerca de 600 camas de turismo rural mas mais 400 devem ficar disponíveis este ano. Por outro lado, revela José Calixto, tem-se registado "um interesse quase anormal por propriedades e imóveis no concelho de Reguengos”. O autarca considera que pode ser abusivo ligá-lo à cidade europeia do vinho mas revela o interesse acrescido pela região.
Para o potenciar, a autarquia e as diversas entidades públicas e privadas têm agendado para este ano um intenso programa de actividades, que inclui mais de uma centena de eventos: desde conferências científicas e congressos, ligados à vinha e vinho, às festas mais populares, como as de Santo António.
A promoção externa também será grande, em feiras internacionais de turismo mas também para quem chega, no Aeroporto de Lisboa.