Tempo
|

APAV lança campanha sobre direitos das vítimas de crime

23 fev, 2015

Quero apresentar queixa: o que fazer? Vou participar num julgamento: o que preciso saber? Sinto que estou em perigo: como obter protecção? Qual o papel da polícia? Novo site ajuda a esclarecer.

A falta de informação é o principal problema de quem é vítima de crime. A Associação Portuguesa de Apoio à Vítima (APAV) lança uma nova campanha de sensibilização: “Se é vítima de crime, denuncie, não fique calado”.

Frederico Marques, assessor técnico da direcção da APAV, fala numa “falha” e diz ser preciso melhorar a informação prestada. “Uma das principais carências é a falta de informação sobre os seus direitos, quais os serviços de apoio ao seu dispor e, também, informação como de se vai passar um eventual processo judicial em que a vítima se venha a ver envolvida. Ninguém, em bom rigor, faculta um pacote de informação uniformizado às vítimas de crime”.

Quero apresentar queixa: o que fazer? Vou participar num julgamento: o que preciso saber? Sinto que estou em perigo: como obter protecção? Qual o papel da polícia? São respostas que pode encontrar no site infovitimas.pt, que pretende informar sobre os direitos das vítimas de crime, abordando o funcionamento do sistema judicial.

Também foi criada uma nova aplicação para dispositivos móveis, gratuita, que vai facilitar o acesso à informação. Aqui pode encontrar informação sobre o processo-crime, os seus direitos e os serviços que lhe podem prestar apoio.

A APAV apresenta esta segunda-feira a nova campanha de sensibilização sobre os direitos das vítimas de crime, assinalando o Dia Europeu da Vítima de Crime, que se celebrou a 22 de Fevereiro.

Mais de metade dos portugueses não sabe avaliar quem é a vítima numa situação de crime, segundo os dados do barómetro "Percepção da População Portuguesa sobre os Direitos das Vítima de Crime". O barómetro, que vai ser apresentado na mesma sessão, foi realizado pela Intercampus para a Associação Portuguesa de Apoio à Vítima (APAV) com base em entrevistas pessoais e directas feitas a 1.038 pessoas, 52,8% das quais mulheres.

A linha de apoio à vítima tem o número 707 20 00 77