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Governo disposto a negociar Castelo do Queijo com a Câmara do Porto

30 jan, 2015

Estado pretende alienar instalações militares e Rui Moreira quer manter o forte no domínio público.

Governo disposto a negociar Castelo do Queijo com a Câmara do Porto

O ministro da Defesa, José Pedro Aguiar-Branco, está disponível para negociar o Castelo do Queijo com o presidente da Câmara do Porto.

Aguiar-Branco disse, na quinta-feira, no Funchal, estar pronto para discutir com Rui Moreira a possibilidade manter, no domínio público, o forte de São Francisco Xavier - nome ofocial do edifício situado na zona da Foz do Douro.

O presidente da Câmara do Porto manifestou A VONTADE manter o Castelo do Queijo no domínio público, estando já a tentar negociar com o Ministério da Defesa a permuta deste "equipamento icónico da cidade".

Quando foi conhecida a decisão do Governo de vir a alienar instalações militares, no âmbito de um processo que entra na reestruturação das Forças Armadas, a Câmara contactou de imediato a secretária de Estado da Defesa Nacional, Berta Cabral, para manifestar o seu interesse em permutar o forte de São Francisco Xavier por imóveis da autarquia, explicou Rui Moreira.

Na Madeira, o ministro da Defesa salientou que, em relação a este, como a qualquer outro dos imóveis a ser alienados, o que deseja é que "haja um fim adequado", do qual resulte o "ponto óptimo" para as populações, as autarquias e a Defesa Nacional.

Aguiar-Branco disse ainda que o Ministério da Defesa pretende ter uma "filosofia diferente" perante imóveis que não têm uso adequado, estão sujeitos à degradação e são alvo constante de críticas.

O ministro, que se encontra na Madeira para presidir, esta sexta-feira, à sessão do ciclo de debates públicos "Ter Estado", referiu-se, ainda, ao impacto da redução militar norte-americana na Base das Lajes, nos Açores, dizendo que o governo já manifestou o "desagrado pela situação" e que o assunto está a ser conduzido pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros.

Relativamente à exoneração do comandante da Polícia Marítima, vice-almirante Cunha Lopes, após pedido do Chefe de Estado da Armada, disse apenas que ainda não está decidido quem o vai substituir.