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Campanha da Renascença procura padrinhos para crianças carenciadas

25 dez, 2014

Isabel Vorm decidiu ser madrinha da Maria, uma menina que vive numa pequena aldeia em Moçambique, "no meio do nada".

Campanha da Renascença procura padrinhos para crianças carenciadas

A campanha de Natal da Renascença deste ano desafia os portugueses a apadrinhar uma criança carenciada através da organização não-governamental Helpo.

Através de donativos ou a contribuição de bens, qualquer um pode garantir, anualmente, a uma criança, uma refeição diária, livros e material escolar. Pode até ajudar na construção de uma escola.

Isabel Vorm decidiu ser madrinha da Maria, uma menina que vive numa pequena aldeia em Moçambique. “A única coisa que eu pedi foi que essa criança pertencesse a uma comunidade que eu pudesse visitar quando fosse fazer trabalho de voluntariado, que depois fiz no terreno”, começa por explicar.

Isabel Vorm foi a Moçambique no início do ano, esteve cinco semanas em Nampula e visitou Maria, “que que vive, literalmente, no meio do nada, e não fala português, fala makhuwa”.

“A comunidade toda estava à nossa espera porque leva-se sempre uma papinha para os bebés, arroz, óleo, açúcar, que permite que estas crianças que vão à escolinha tenham, pelo menos, uma refeição por dia. O apadrinhamento da Maria acontece por aqui”, conta a madrinha Isabel Vorm.  

João Baptista também é padrinho, à distância, de uma menina em Moçambique, que já teve oportunidade de visitar por duas vezes.
 
“Quando fui como voluntário da Helpo visitei novamente a minha afilhada. O segundo contacto foi muito mais aproximado do que o primeiro contacto, ou seja, ela já sabia que eu era o padrinho. A primeira reacção foi bastante negativa da parte da minha afilhada. Estava toda a comunidade à nossa espera e, apesar de termos tido o cuidado de distribuir bens por todas as crianças, estranhou um bocado. Dois anos depois, na segunda vez que eu estive com ela, foi uma relação completamente diferente”, conta João Baptista.

Na prática, através da Helpo, e com apenas 13 euros mensais, pode dar escola a uma criança carenciada. Com um pouco mais 21 euros/mês irá contribuir, igualmente, com alimentos e cuidados de saúde.

A Helpo é uma ONG portuguesa que trabalha a favor da infância através do meio educativo. Actua em Portugal, Moçambique e S. Tomé e Príncipe.

Através do apadrinhamento de crianças à distância, a Helpo ajuda directamente mais de três mil crianças e 11 mil indirectamente.