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Ministério da Justiça vai averiguar se detidos na Operação Marquês partilham a mesma cela

08 dez, 2014

O caso foi divulgado Correio da Manhã, que esta segunda-feira escreve que a decisão de juntar João Perna e Carlos Santos Silva terá sido tomada à revelia do juiz Carlos Alexandre.

Ministério da Justiça vai averiguar as circunstâncias em que estão detidos Carlos Santos Silva e João Perna, dois dos presos preventivos da Operação Marquês, que a imprensa diz terem sido colocados na mesma cela.

Segundo fonte do Ministério da Justiça, a situação vai ser averiguada, mas a informação que a tutela tem por parte dos serviços prisionais é de que os detidos "estão na mesma ala, mas em celas diferentes".

O caso foi divulgado Correio da Manhã, que esta segunda-feira escreve que a decisão de colocar os dois presos preventivos na mesma cela terá sido tomada à revelia do juiz Carlos Alexandre, que definiu as medidas de coacção a aplicar aos detidos na sequência Operação Marquês.

Segundo o mesmo jornal, o juiz decidiu proibir o advogado Gonçalo Trindade - detido inicialmente, mas que acabou libertado - de contactar com os restantes arguidos e só não o fez no caso dos presos preventivos por entender que era uma regra que decorria do bom senso.

Tanto João Perna como Carlos Santos Silva estão presos preventivamente no estabelecimento anexo à Polícia Judiciária, em Lisboa, acusados de alegada ocultação ilícita de património e transacções financeiras que ascendem a vários milhões de euros.

O ex-primeiro-ministro José Sócrates cumpre prisão preventiva no Estabelecimento Prisional de Évora, desde 24 de Novembro, por suspeita de corrupção, branqueamento de capitais e fraude fiscal.