27 nov, 2014
As diligências desta quinta-feira no âmbito de um processo-crime "do universo Espírito Santo" têm por base suspeitas de burla qualificada, abuso de confiança, falsificação de documentos, branqueamento e fraude fiscal, avança a Procuradoria-Geral da República (PGR).
"Nas investigações, relacionadas com o denominado universo Espírito Santo, estão em causa suspeitas dos crimes de burla qualificada, abuso de confiança, falsificação de documentos, branqueamento de capitais e fraude fiscal, refere uma nota da PGR.
A Procuradoria adianta que, no âmbito de investigações, dirigidas pelo Ministério Público, realizam-se durante o dia de hoje várias diligências, designadamente 34 buscas domiciliárias, uma a advogado e seis buscas a entidades relacionadas com o exercício da actividade financeira.
Numa acção de grande dimensão, liderada pelo próprio juiz de instrução Carlos Alexandre, os investigadores centraram-se sobretudo nas residências e escritórios dos ex-administradores do BES, incluindo a do antigo presidente Ricardo Salgado que, na presença do seu advogado, acompanhou a busca à sua casa de Cascais, apurou a Renascença.
Ponto-chave da operação desta quinta-feira está a ser também a sede do agora Novo Banco, que foi precisamente o local onde esteve o juiz Carlos Alexandre.
A operação foi desencadeada por uma queixa-crime apresentada pelo Banco de Portugal, em Setembro, que visou todos os ex-administradores do BES.