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Pires de Lima pede a portugueses que olhem "com tranquilidade" para casos de alegada corrupção

27 nov, 2014

Questionado se não está preocupado com a sucessão de casos, entre os quais a prisão de Sócrates, o ministro da Economia afirmou: "Não julguem que estas coisas só acontecem em Portugal".

Pires de Lima pede a portugueses que olhem "com tranquilidade" para casos de alegada corrupção

O ministro da Economia disse esta quinta-feira que os portugueses têm de olhar para os casos judiciais conhecidos nas últimas semanas com "a tranquilidade e a serenidade de quem está a fazer o trabalho que é preciso fazer".

Para Pires de Lima, o "ruído mediático" não deve desviar as atenções do Governo "daquilo que é essencial". "A minha lista de prioridades é dar esperança às pessoas e ela não é alterada por circunstâncias que estão fora do meu controlo", diz. 

Os casos sucedem-se: a detenção do ex-director do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras, suspeito de corrupção na atribuição de vistos "gold"; a prisão do ex-ministro José Sócrates; a megaoperação da Polícia Judiciária, que decorre esta quinta-feira e envolve 60 buscas a residências e escritórios dos membros da antiga administração do Banco Espírito Santo.

"Não está preocupado?", questionaram os jornalistas.

Pires de Lima desvalorizou: "Tudo isto é um bocadinho novo para nós, mas não julguem que estas coisas só acontecem em Portugal".

"O funcionamento da justiça, com estes aspectos mais mediáticos, também acontece noutras democracias ocidentais e do Norte da América, onde vemos a justiça funcionar com igual aparato", reiterou.

Escusando-se a comentar as buscas a decorrer no seio do BES, Pires de Lima afirmou os seus princípios no caso Sócrates. "Muitas vezes divergi do engenheiro José Sócrates, mas seria incapaz, por princípio e educação, de usar no combate político aquilo que, para mim, é um caso de justiça".

"As pessoas só têm que saber que o Governo continua a governar. Com este ruído não podemos perder o trabalho de recuperação económica que os portugueses conseguiram ao longo de 2013 e 2014", sublinhou.