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Comissão Europeia não segue caso de Sócrates "activamente"

24 nov, 2014

Porta-voz do executivo comunitário não faz comentários à detenção do ex-primeiro-ministro, porque não está relacionada com dinheiro ou actividades da UE.

A Comissão Europeia escusou-se a comentar a detenção do ex-primeiro-ministro José Sócrates, alegando que não se envolve em "procedimentos nacionais" que não estejam directamente relacionados com dinheiro ou actividades da União Europeia.

Durante a conferência de imprensa diária do executivo comunitário, a porta-voz Mina Andreeva indicou que a Comissão não tem comentários a fazer à detenção do antigo chefe de Governo português, por se tratar de uma questão estritamente nacional.
 
Questionada sobre se Bruxelas está, pelo menos, a acompanhar o processo, a resposta foi negativa. "Não digo que não estejamos a par, mas não estamos a seguir o caso activamente", respondeu esta segunda-feira.

No segundo semestre de 2007, por ocasião da presidência semestral portuguesa da União Europeia, José Sócrates, enquanto chefe de Governo, presidiu aos trabalhos do Conselho da UE, tendo sido o "anfitrião" da cerimónia de assinatura do Tratado de Lisboa, que definiu o novo quadro institucional da União Europeia.

O antigo governante socialista foi detido na sexta-feira à noite (dia 21), quando chegava ao aeroporto de Lisboa proveniente de Paris, no âmbito de um processo de suspeitas de crimes de fraude fiscal, branqueamento de capitais e corrupção. É a primeira vez na história da democracia portuguesa que um ex-primeiro-ministro é detido para interrogatório judicial.



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