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Ministro da Educação é “legionella que ataca a escola pública”

22 nov, 2014

Fenprof diz que a equipa do Ministério da Educação e Ciência é um problema real do sector, pois transformou-se num "efectivo tóxico activo".

Ministro da Educação é “legionella que ataca a escola pública”
O secretário-geral da Federação Nacional de Professores (Fenprof) defendeu a demissão do ministro da Educação, considerando que se tornou "um efectivo tóxico activo" a ser removido e uma espécie de "legionella que ataca a escola pública".

"Sabemos que as políticas não se alteram com a mudança de ministros, mas há limites abaixo dos quais estes deverão demitir-se ou ser demitidos", disse Mário Nogueira discursando no Funchal, no encerramento do 11º congresso do Sindicato dos Professores da Madeira.

Segundo o sindicalista, "Nuno Crato há muito que passou essa fronteira e, neste momento, mais do que uma solução, a equipa do Ministério da Educação e Ciência, que tem vindo a desfazer-se aos poucos, é um problema real do sector, pois transformou-se num efectivo tóxico activo, que deverá ser removido com a toda a urgência".

O responsável comparou a equipa deste ministério a "uma espécie de legionella que ataca a escola pública de qualidade".

Dirigindo-se aos que começam a "baixar os braços", Mário Nogueira argumentou que se não fosse a luta, os governantes teriam "conseguido ir mais longe" nas medidas lesivas do sistema educativo e da carreira dos professores. Adiantou também que "mais medidas estão na calha, como a aplicação da mobilidade especial, o pagamento às câmaras municipais pelo afastamento das escolas do seu concelho de professores que nela são precisos, avaliando em 13.600 euros o custo por cabeça", além da tabela única e da "absurda prova de avaliação de conhecimentos (PAC).

"Por isso, temos pela frente políticas e medidas que nos irão exigir muito" vincou, assegurando que esta estrutura sindical "não cederá em princípios, sendo resistentes, resilientes, proponentes e lutadores".

Mário Nogueira opinou ainda que os ministros da Educação fazem questão de ser recordados pelas medidas e reformas que protagonizam, mas, no seu entender, "o que tem acontecido é que mais do que a sua impressão digital, muitos o que têm deixado no tecido educativo é uma nódoa de difícil remoção, algumas ainda hoje a marcar indelével e negativamente o caminho que é percorrido".