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RTP fez "a mais baixa oferta de sempre" pela Liga dos Campeões

20 nov, 2014

Televisão pública reage à polémica. Nega proposta de 18 milhões e acredita que a receita publicitária vai cobrir os custos.

RTP fez "a mais baixa oferta de sempre" pela Liga dos Campeões

A proposta da RTP para os direitos de transmissão dos jogos da Liga dos Campeões em futebol foi "a mais baixa oferta de sempre", garante o conselho de administração da televisão pública.

A administração liderada por Alberto da Ponte nega, em comunicado divulgado esta quinta-feira, que a RTP tenha oferecido 18 milhões de euros, como chegou a ser noticiado.

O objectivo da RTP é oferecer aos portugueses, caso seja vencedora do concurso, os jogos da Liga dos Campeões “em canal aberto, em radiodifusão e em alta definição".

Esta posição oficial da televisão pública surge um dia depois de ter sido noticiado que a empresa tinha garantido os direitos de transmissão dos jogos.

Também esta quinta-feira, o conselho geral independente (CGI) da RTP afirmou que a proposta da empresa para a compra dos direitos dos jogos da Liga dos Campeões "foi aceite pela UEFA" e "é vinculativa", pelo que existe um compromisso jurídico assumido.

O conselho de administração da RTP "esclarece que não interfere nas decisões editoriais ou de programas a não ser na estrita medida em que, uma vez feitas as opões pelas direcções em causa, as propostas lhe são submetidas para aprovação, nomeadamente em matéria orçamental e de observância do contrato de concessão".

A RTP adianta que "o montante oferecido para esta aquisição de direitos está previsto no orçamento de grelha e não constitui qualquer esforço financeiro suplementar para a empresa".

A estação televisiva mostra-se "consciente de que assim cumpre o seu dever de prestação de serviço público caso consiga trazer de volta à RTP os referidos direitos, pois trata-se de uma competição que é legalmente qualificada de interesse generalizado do público".

Garante ainda que está "consciente do esforço que é exigido aos portugueses", pelo que "nunca incorreria em custos extraordinários com a aquisição de programas e entende que, dada a qualidade deste produto televisivo, as receitas publicitárias advenientes da sua exibição permitem dizer que o mesmo é auto-sustentável".

"Por último, o CA da RTP lamenta a forma inoportuna, deselegante e mal informada como alguns comentários sobre o assunto foram trazidos a público", concluiu.

Hoje, o ministro da Presidência afirmou que o Governo discorda da compra de direitos de transmissão jogos de futebol pela RTP, e deu orientações nesse sentido no passado, cabendo agora ao Conselho Geral da empresa estatal pronunciar-se.