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Interrogatórios do caso dos vistos "gold" regressam segunda-feira

16 nov, 2014

São 11 os arguidos deste caso. “Processo labirinto” investiga suspeitas de crimes de corrupção, tráfico de influências, peculato e branqueamento de capitais.

Interrogatórios do caso dos vistos "gold" regressam segunda-feira

Ainda não terminaram os interrogatórios no Campus da Justiça, em Lisboa, a todos os arguidos do caso dos vistos “gold”. Vão ser retomados esta segunda-feira, por volta das 9h00. Só no final das 11 audições serão conhecidas as medidas de coacção.

O juiz Carlos Alexandre ouviu, pelo menos, mais quatro arguidos este domingo.

São 11 os arguidos deste caso, 200 inspectores, 60 buscas, três ministérios, duas demissões e um pedido de suspensão de funções. Estes são alguns dos números do caso vistos “gold”, em que alegadamente estão envolvidos altos quadros do Estado.

A notícia surgiu ao início da tarde quinta-feira e apanhou o país de surpresa. O director nacional do Serviço de Estrageiros e Fronteiras (SEF), Manuel Jarmela Palos, tinha sido detido.

Mas no âmbito da investigação à atribuição de vistos dourados foram detidas mais 10 pessoas, entre as quais a presidente do Instituto de Registos e Notariado (IRN), António Figueiredo, e a secretária-geral do Ministério da Justiça, Maria António Anes, que entretanto pediu a demissão do cargo, contam-se entre os detidos.

O intitulado “processo labirinto” investiga suspeitas de crimes de corrupção, tráfico de influências, peculato e branqueamento de capitais, na atribuição de vistos "gold".

O ministro da Administração Interna, Miguel Macedo, demitiu-se por considerar que este caso afecta as suas condições políticas para se manter no cargo governamental.

O programa de atribuição de vistos "gold", criado em 2013, prevê a emissão de autorizações de residência para estrangeiros oriundos de fora do espaço Schengen, que façam investimentos em Portugal, por um período mínimo de cinco anos.

O que são os vistos gold?