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O convite do PR aos portugueses: "Olhar para as dificuldades com um sorriso"

10 nov, 2014 • João Carlos Malta

Troca de "galhardetes" entre o Presidente da República e o líder parlamentar socialista sobre a data das legislativas do próximo ano está ao rubro.

Na passagem por Estremoz e Borba, o Presidente da República (PR), Cavaco Silva, quis deixar uma palavra de esperança aos portugueses. Fê-lo em forma de convocatória: "Convido os portugueses a olhar para as dificuldades com um sorriso".

O PR citava o discurso do autarca de Estremoz, Luís Filipe Mourinha, que disse que era dessa forma que os munícipes daquele concelho alentejano olhavam para os obstáculos.

Cavaco Silva foi muito elogioso para a realidade que encontrou naqueles municípios alentejanos, depois de ter visitado exemplos empresariais de sucesso na área dos vinhos, do azeite e dos enchidos.

"Saio daqui com boas ideias", sintetizou Cavaco, que destacou ainda a valorização dos produtos e cultura local de que os bonecos de barro e os cantares alentejanos são ícones.

Nesta visita, o Presidente da República identificou "sinais de recuperação" em dois municípios donos de taxas de desemprego "abaixo da média nacional".

Pingue-pongue entre Cavaco e Ferro
Cavaco deu uma entrevista publicada no "Expresso" deste sábado em que pôs um "ponto final" na possibilidade de antecipar as eleições legislativas de 2015.

Ferro respondeu a criticar "a total ausência de bom senso ao mais alto nível". Esta segunda-feira, Cavaco contra-atacou.

O Presidente da República respondeu às críticas do líder parlamentar do PS, Ferro Rodrigues, exortando-o "a fazer o trabalho de casa".

Os jornalistas presentes em Estremoz questionaram o Presidente sobre as declarações do socialista e Cavaco Silva reagiu dizendo que é necessário "lembrar a alguns políticos que, quando falam de certos assuntos, devem estudá-los primeiro. Devem estudar a Constituição e o que dizem as leis".

O Presidente da República relembrou ainda que a lei que estabelece que as eleições devem ocorrer entre 14 de Setembro e 14 de Outubro "foi aprovada, em 1999, pelo PS, pelo PCP e pelos Verdes, tendo o voto contra de PSD e CDS".