Ministro da Defesa português confirma novo incidente, garantindo que a Força Aérea está à altura da situação.
Pela segunda vez em pouco mais de 48 horas, os caças F-16 da Força Aérea interceptaram mais dois aviões militares russos a sobrevoar o espaço aéreo internacional sob jurisdição portuguesa.
Os bombardeiros, que foram interceptados durante a manhã ao largo de Peniche, passaram muito perto da zona terminal da aproximação de Lisboa sempre escoltados por dois caças.
O ministro da Defesa confirma incidente, garantindo que a Força Aérea está à altura da situação. "O sistema funciona, mais uma vez isso ficou demonstrado e fizemo-lo com a celeridade e a prontidão que se exige", frisou o ministro, que falava aos jornalistas no aeroporto de Lisboa, pouco depois de ter chegado a território nacional no regresso de uma visita de três dias à capital da Colômbia.
José Pedro Aguiar-Branco admitiu que nada pode ser feito para evitar estes casos, mas que a acção portuguesa será sempre feita com "a serenidade e o nível de prontidão e eficácia já demostrados".
A Força Aérea está preparada para, "sempre que seja solicitado pelo comando aéreo da NATO, fazer este tipo de missões".
Na quarta-feira, dois F-16 portugueses ao serviço da NATO interceptaram, identificaram e escoltaram dois aviões militares russos em espaço aéreo internacional sob a responsabilidade de Portugal.
A embaixada russa em Portugal afirmou na quinta-feira que os aviões russos interceptados por caças portugueses cumpriram o Direito Internacional e realizaram voos "em espaço aéreo sobre águas internacionais, não entrando de modo nenhum em espaços aéreos de outros Estados", segundo um comunicado enviado à agência Lusa.
Segundo o Estado-Maior General das Forças Armadas (EMGFA), nesse primeiro caso, foram "detectadas duas aeronaves não identificadas em espaço aéreo de responsabilidade portuguesa" e " accionados os meios de alerta previstos neste tipo de situações no quadro da NATO, tendo dois caças F-16 portugueses identificado duas aeronaves militares russas, que encaminharam para fora do espaço aéreo de responsabilidade nacional".