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Feira Santos leva milhares a Chaves

31 out, 2014 • Olímpia Mairos

Há feira de gado, chega de bois, concurso nacional pecuário das raças barrosã, maronesa e mirandesa, concurso local de suínos de raça bísara, corrida de cavalos, festival gastronómico do polvo, feira da lã e muita animação.

Feira Santos leva milhares a Chaves
Milhares de pessoas do Norte de Portugal e da Galiza acorrem a Chaves, neste final de Outubro, motivadas pela Feira dos Santos, acontecimento cuja origem se perde na memória das gentes da região.

A cidade muda, as ruas ficam repletas de gente, o comércio floresce, a festa acontece um pouco por todas as artérias citadinas, onde não falta animação e divertimentos para os mais novos. À semelhança dos anos anteriores, desta sexta-feira a domingo, são esperados, em Chaves, cerca de cem mil visitantes.

Organizada pela Associação Empresarial do Alto Tâmega (Acisat), em colaboração com a Câmara de Chaves, a Feira dos Santos “mantém a matriz popular” e é espaço de encontro dos flavienses espalhados pelo país e que “não prescindem de uma vinda à terra nesta altura de Santos”. 

Este ano, inscreveram-se mais de mil expositores, tendo, contudo, devido à falta de espaço, sido excluídos cerca de 500. “Isto quer dizer que há volume de negócios e que Chaves, nestes dias, continua a ser o grande centro de comércio e de produtos do Norte Interior de Portugal”, diz à Renascença o presidente da Acisat, João Miranda Rua.

Durante os três dias da feira, os consumidores poderão adquirir, nas tradicionais barracas que se estendem pelas ruas da cidade, ao longo três quilómetros, vestuário, calçado, artesanato nacional e internacional, antiguidades, cutelarias, louças, enchidos, queijos e produtos agrícolas.

De regresso ao espaço, após alguns anos de ausência, devido à crise, está o sector automóvel, com um espaço próprio para exposição e venda, direccionado a “um público específico” e que confere “um pouco mais de urbanidade à feira”, sublinha Miranda Rua.

Ponto de encontro
O presidente da Câmara de Chaves,  António Cabeleira, classifica a Feira dos Santos como “a maior feira festa de todo o Norte de Portugal, com muita tradição e atractividade, e um 'ponto de encontro' de pessoas que não se veem há muito tempo”.

Para Cabeleira, “esta é altura do ano em que muitos flavienses que estão longe vêm à terra, para reencontrar os amigos, conviver de uma forma alegre e reviver momentos de quando eram mais jovens.”

A par das tendas espalhadas pelas várias artérias da cidade e dos stands de diversas empresas, realiza-se a feira do gado, a chega de bois, o concurso nacional pecuário das raças Barrosã, Maronesa e Mirandesa, o concurso do cão de gado transmontano, o concurso local de suínos de raça Bísara, a corrida de cavalos, o festival gastronómico do polvo e a feira da lã.

As ruas da cidade serão palco de actuação de bombos, gaiteiros, concertinas, ranchos folclóricos, grupos musicais, tunas e gigantones, em representação de vários municípios do Norte do País e da Galiza que, este ano, pela primeira vez, marcam presença no certame com stands expositivos.

“A participação de muitos municípios do Norte de Portugal e da Galiza vai dar um colorido especial à feira e transformar o certame numa festa da Galécia”, frisa o autarca.

As discotecas e bares locais também se associaram ao certame com a iniciativa "Santos na Noite 2014", oferecendo entrada gratuita e bebidas a quem apresentar uma pulseira identificativa.

Estreia dos Sabores de Chaves
No fim-de-semana da tradicional Feira dos Santos, a cidade de Chaves apresenta a 1ª edição da iniciativa Sabores de Chaves – Feira de Outono, no Pavilhão da Expoflávia.

Três dias de Sabores de Chaves, desde os petiscos aos doces, com presença obrigatória do fumeiro e do presunto, do mel, dos vinhos e das compotas e dos tradicionais pastéis e folares de Chaves. Esta é a primeira edição desta iniciativa, que pretende ser mais do que um local de venda, apostando “na degustação dos melhores produtos e sabores da região flaviense”.

“É mais uma forma de potenciarmos os nossos produtos, de criarmos condições para que os nossos produtores possam comercializar o que produzem e de proporcionar, a quem nos visita, a degustação de produtos de grande qualidade”, conclui o presidente da autarquia, António Cabeleira.