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Ainda o caso dos aviões russos. Força Aérea conta (quase) tudo

30 out, 2014

A embaixada russa em Portugal também já deu a sua versão dos acontecimentos desta quarta-feira.

Ainda o caso dos aviões russos. Força Aérea conta (quase) tudo

A Força Aérea Portuguesa (FAP) confirma que dois aviões “realizaram uma missão de defesa aérea em espaço aéreo de responsabilidade nacional no dia 29 de Outubro”.

Em comunicado, a FAP conta que “durante a manhã de quarta-feira, o Sistema de Defesa Aérea” da Força Aérea “detectou duas aeronaves não identificadas na zona noroeste de Portugal e com rumo sul, voando alto, rápido e sem comunicações com o Controlo de Tráfego Aéreo”.

“O Centro de Relato e Controlo da FAP reportou de imediato para a estrutura militar NATO da qual depende, tendo sido decidido activar a parelha de aeronaves F16 Fighting Falcon, em alerta na Base Aérea de Monte Real, para interceptar e identificar as aeronaves”.

O comunicado termina explicando que “após realizado o reconhecimento visual, as aeronaves foram identificadas como sendo Bombardeiros Tu-95 “Bear”, de nacionalidade russa, que, entretanto, mudaram o rumo para norte, tendo sido escoltados até à sua saída do espaço aéreo de responsabilidade nacional”.

O comunicado não esclarece as coordenadas em que os aviões portugueses interceptaram os russos, nem fica claro se Portugal foi avisado por outros países da NATO da passagem dos aparelhos de Moscovo.

Este comunicado da Força Aérea Portuguesa surge já depois do esclarecimento da embaixada russa em Portugal.

Esta quarta-feira, a Aliança Atlântica detectou "manobras aéreas incomuns" e de "grande escala" da Rússia no espaço aéreo sobre o Oceano Atlântico e os mares Báltico, do Norte e Negro, nos últimos dois dias, incluindo no espaço aéreo português.