Pelo menos quatro mil passageiros da TAP com reservas para esta quinta-feira, continuam sem saber que o seu voo voo foi cancelado, neste que é o primeiro de quatro dias de paralisação dos tripulantes de cabine.
A TAP conseguiu reprogramar os voos de mais de 10 mil das 25 mil reservas previstas para esta quinta-feira, mas não conseguiu avisar quatro mil passageiros, que ao longo do dia, vão perceber que, afinal, o seu voo foi cancelado.
A transportadora já anunciou que vai realizar apenas 134 das 320 ligações previstas para esta quinta-feira e vai continuar a notificar os passageiros caso haja uma alteração no estado do seu voo.
Desse total vão realizar-se 84 voos da Portugália, seis definidos como serviços mínimos, 10 que a companhia atrasou para sexta-feira e 34 voos de regresso de aviões que estavam fora de Lisboa.
Carina Correia, porta-voz da TAP, estima que tenham sido canceladas entre 20 a 30 ligações, pelo que a companhia pede aos passageiros que
confirmem a situação da sua reserva no site da companhia ou através do "
contact center", antes de se dirigirem ao aeroporto.
Alguns passageiros estão a ser, neste momento, encaminhados para vagas um dos voos dos serviços mínimos ou da Portugália. Outros, com voos adiados para sexta-feira, terão de esperar por um autocarro que os vai levar para o hotel.
Um senegalês que chegou esta manhã ao aeroporto da Portela, em Lisboa, para apanhar um avião com destino a Paris, foi aconselhado pela TAP a voltar para casa, em Marrocos.
Saúl Remédios chegou esta madrugada vindo de Peniche, tinha um voo directo reservado para Bruxelas, mas terá de seguir num voo com escala em Madrid, acrescentando 12 horas a mais à sua viagem.
Nuno Fonseca, do Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil, que representa 90% dos 2500 tripulantes de cabine da TAP, fez um balanço positivo das primeiras horas de paralização, com uma "grande adesão" à greve, que se inicia esta quinta-feira, o primeiro de quatro dias de uma paralisação convocada para reclamar o cumprimento do Acordo de Empresa, nomeadamentenão o direito dos funcionários a um fim-de-semana em cada sete semanas, e os direitos das mães com filhos em idade de amamentação.
A TAP antecipa “uma significativa perturbação na operação da companhia nestes dias”, estimando um custo de cinco milhões de euros por cada dia de paralisação.
Os tripulantes de cabine voltam a parar este sábado, dia 30 de Novembro e dia 2 de Dezembro.
[Notícia actualizada às 11h42]
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