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A falta de um número "residual" de horários não é uma vitória

28 out, 2014

O ministério da Educação garante que a maioria das necessidades das escolas estão preenchidas. Não chega, diz a Associação Nacional de Directores.

A Associação Nacional de Directores de Agrupamentos de Escolas Públicas lamenta que os alunos ainda tenham “furos” nos horários, um mês e meio depois do arranque do ano lectivo.

De acordo com o Ministério da Educação, a grande maioria das necessidades manifestadas pelas escolas estão preenchidas. Falta satisfazer apenas um número “residual” de horários.

Em declarações à Renascença, o vice-presidente da associação, Filinto Lima, alerta para o facto de, “na sétima semana de aulas, ainda faltarem professores de diversas disciplinas. Neste momento, valor é residual mas nem por isso podemos cantar vitória”. 

Filinto Lima defende que os alunos possam ter aulas de compensação para recuperar o tempo perdido. “Temos alunos, nos 4.º, 6.º e 9.º anos e secundário, que vão ter exame e precisam de estar em pé de igualdade com os seus colegas. Alguns alunos já estão a ter esse apoio, que será diluído ao longo do ano lectivo: não pode ser um apoio intensivo porque não daria resultado”, diz.

“Penso que, até ao final do ano lectivo, em conjunto com professores, directores e pais, a situação ficará resolvida, mas não é a situação ideal, o ideal seria no dia 15 de Setembro os professores estarem todos nas salas de aula com os seus alunos e estes não terem furos no horário”, sublinha.

Um mês e meio depois do início das aulas, há 224 horários completos em todo o país à espera de professor, de acordo com o Ministério da Educação. Para 96 vagas, só falta os candidatos seleccionados aceitarem. Os restantes 128 ainda estão em processo de selecção e recrutamento pelas escolas.

Quanto aos horários incompletos, estão preenchidos 901, mas falta ainda encontrar 249 professores.