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António Costa: “Não existe solução para as cheias em Lisboa”

14 out, 2014

Autarca anuncia a criação de um grupo de missão que vai ter a seu cargo a execução de Plano Geral de Drenagem para a cidade.

O presidente da Câmara de Lisboa, António Costa, diz que "não existe solução" para as cheias na cidade, refutando as críticas dos partidos da oposição que pedem a execução do plano de drenagem.

"O plano de drenagem não faz desaparecer estas situações. A solução não existe", afirmou esta terça-feira o autarca, à entrada para a assembleia municipal, quando questionado pelos jornalistas sobre a possibilidade de ocorrência de inundações como as que se registaram na segunda-feira e o impacto que poderá ter o plano.

Segundo o socialista, "não haverá nenhum sistema de drenagem que permitirá evitar situações deste género", podendo apenas "minimizar" o problema. António Costa reforçou ainda que a situação verificada na segunda-feira nada teve a ver com a falta de limpeza das sarjetas e dos sumidouros.

O autarca aproveitou para anunciar a criação de um grupo de missão que vai ter a seu cargo a execução do plano de drenagem, depois de um novo adiamento por parte do Estado. "Proporei, em próxima reunião de câmara, a constituição de uma equipa de missão com a incumbência específica de dar execução, pelo município ao Plano Geral de Drenagem e preparar a indispensável candidatura do seu fincamento através de fundo de coesão", disse.

Na segunda-feira, PSD, CDS-PP e PCP (com assento na Câmara de Lisboa) solicitaram a execução do plano de drenagem da cidade, aprovado em reunião camarária em 2008 e com um prazo de 20 anos, para minorar as inundações em Lisboa.

A intensidade da chuva desta segunda-feira foi superior a 22 de Setembro. A precipitação que se abateu sobre a cidade atingiu os 34 milímetros numa hora, entre as 14h00 e as 15h00, valores considerados elevados e associados a um fenómeno temporário, mas de forte actividade.

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