07 out, 2014
O primeiro-ministro afastou esta terça-feira a possibilidade de o ministro da Educação, Nuno Crato, deixar o cargo na sequência dos problemas com a colocação de professores.
"Só para dizer que o senhor ministro da Educação e Ciência há-de um dia regressar à sua universidade, como ele próprio disse, mas não será agora", declarou Pedro Passos Coelho no final de uma cerimónia onde esteve ao lado de Nuno Crato.
Questionado pelos jornalistas se não é altura de serem tiradas consequências políticas, o chefe do Governo seguiu o seu caminho e não respondeu.
As declarações de Pedro Passos Coelho sobre a polémica na Educação foram proferidas à margem do lançamento da campanha “Study in Portugal Network”, na Fundação Luso-Americana para o Desenvolvimento (FLAD), em Lisboa.
Os sonhos de Crato
O esclarecimento do primeiro-ministro surgiu depois de o ministro da Educação ter afirmado na cerimónia que pretendia regressar à vida académica.
“Eu vejo aqui os quatro reitores da Universidade de Lisboa, todos meus amigos, e as universidades que existem em Lisboa são absolutamente extraordinárias, eu próprio na minha figuração anterior estava na Universidade de Lisboa, agora, voltarei à Universidade de Lisboa, tenho imensa honra de trabalhar na Universidade de Lisboa", referiu Nuno Crato.
A tomada de posição surge no dia em que o Partido Socialista exigiu a demissão de Nuno Crato e de toda a equipa do Ministério da Educação, na sequência dos erros verificados na colocação de professores que estão a deixar milhares de crianças sem docentes. O PCP acompanhou o PS no mesmo pedido.
O ministro garantiu, esta terça-feira, que, no espaço de 24 horas, vão chegar às escolas cerca de 800 professores e que, "em princípio", a situação ficará resolvida esta semana.
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