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Reformados do Metro em vigília contra cortes

30 set, 2014

Os 800 trabalhadores que aderiram ao plano de reformas antecipadas perderam 60% do seu rendimento desde o início do ano.

Reformados do Metro em vigília contra cortes
Há reformados do Metropolitano de Lisboa que, desde o início do ano, perderam 60% do seu rendimento e, por ssio, em protesto, fazem, esta terça-feira, entre as 6h30 e a meia-noite, uma vigília, na estação do Marquês de Pombal, para denunciar a sua situação.

Com o Orçamento de Estado para este ano, entrou em vigor o artº 75º, que determina o corte dos complementos de reforma que os reformados das empresas públicas receberiam.

No Metro, 800 dos cerca de 1200 reformados saíram da empresa antes da idade legal dos 65 anos e depositavam esperança numa declaração de inconstitucionalidade do tribunal Constitucional que não se concretizou.

“Quem se reforma aos 55 anos tem uma penalização na Segurança Social que atinge cerca de 60% da pensão a que teriam direito. Estas reformas antecipadas foram feitas com a contrapartida da empresa pagar a diferença entre o vencimento que o trabalhador recebia e a perda da Segurança Social, mas o que acontece é que, com a revogação desta lei, as pessoas foram induzidas a reformar-se e a empresa não cumpriu a sua palavra”, diz  Vazão de Almeida, da Associação de Reformados do Metro.

O dirigente sublinha ainda que há muitas pessoas a passar dificuldades devido ao corte súbito na sua rememoração.

Vazão de Almeida considera que o assunto tem andado muito esquecido na comunicação social, razão pela qual a associação decidiu organizar uma vigília durante todo o período de exploração do Metro.

Um dos objectivos da Associação de Reformados do Metro de Lisboa é conseguir que os partidos da oposição peçam a revogação do artº 75º da lei de Orçamento, que determina o corte dos complementos de reforma.