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Menezes diz-se vítima de "ataque de homicídio pessoal"

19 set, 2014

Procuradoria-Geral da República confirmou estar a investigar casos relacionados com o anterior mandato autárquico de Gaia.

Menezes diz-se vítima de "ataque de homicídio pessoal"
O antigo presidente da Câmara de Gaia, Luís Filipe Menezes, afirma ter sido "sujeito a um ataque de homicídio pessoal e político inacreditável" nos últimos dias.

O social-democrata pronuncia-se, em comunicado enviado à agência Lusa, sobre o seu alegado envolvimento em actos ilícitos e refere que o ataque surgiu "de várias fontes, somando mentiras e calúnias arrancadas do nada".

"Curiosamente, as notícias de jornal não têm qualquer ligação com qualquer tipo de iniciativa formal de autoridades judiciais ou de investigação criminal em relação à minha pessoa", salienta Luís Filipe Menezes, que liderou a Câmara de Gaia durante quatro mandatos.

Para Menezes, "mais uma vez, como acontece há anos, a promiscuidade pútrida entre alguns jornalistas venais e as entranhas do poder judicial faz dos cidadãos entidades sem direitos e sujeitos a julgamentos e condenações sumárias na praça pública, sem hipóteses de defesa".

"Esta atoarda irresponsável toca o inconcebível, mesmo em matérias em que uma análise simples tornaria ridícula qualquer acusação. Não tendo sido, dolosamente, feita, torna esses procedimentos noticiosos em matéria sujeita a processos crimes sujeitos a penas pesadas, dado tratar-se de acusações que atingem titular de cargo público", vinca.

Enquanto cidadão, Menezes exige que, "se houver matéria para soçobrarem quaisquer esclarecimentos" da sua parte, "tal seja imediato [feito] e de acordo com o cumprimento das regras de direitos, liberdades e garantias que, neste caso, estão a ser completamente postergadas".

"Sei da minha seriedade, sei que assustei demasiados interesses que nunca me perdoarão, mas vencerei e comigo vencerá a verdade. Defendo que quem prevarica em funções públicas deve ser exemplarmente punido, mas também defendo punição agravada para quem denigre a imagem de detentores sérios de cargos públicos", conclui, sublinhando que se remeterá "ao silêncio expectante de quem acredita no Estado de Direito".

Na sequência de notícias publicadas na quinta-feira, a Procuradoria-Geral da República confirmou estar a investigar casos relacionados com o anterior mandato autárquico de Gaia, adiantando que "até ao momento não foram constituídos arguidos".