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"Citius está completamente inoperacional"

15 set, 2014 • Liliana Monteiro

Ordem dos Advogados queixa-se de que sistema que suporta actividade dos tribunais continua parado, apesar das garantias do Governo. "Processos que estão no Citius são 0,01%" do total, diz o presidente do Conselho Distrital de Lisboa.

"Citius está completamente inoperacional"

A plataforma informática da justiça, o Citius, continua “completamente inoperacional” apesar das garantias do Governo, acusa a Ordem dos Advogados.

Em declarações à Renascença, o presidente do Conselho Distrital de Lisboa da Ordem dos Advogados, António Jaime Martins, garante que o sistema ainda não está a funcionar, contrariando a versão do Instituto de Gestão Financeira e Equipamentos da Justiça (IGFEJ).

António Jaime Martins diz que o Citius “está completamente inoperacional” e só estará a funcionar para os processos intentados desde 1 de Setembro, ou seja, menos de 1% dos processos.

Todas as novas comarcas que tinham sido colocadas no programa desapareceram e “não é possível colocar nenhuma peça na plataforma”.

O advogado denuncia mesmo que, esta segunda-feira, “mais uma vez pela inoperância do sistema, estavam agendadas muitas diligências e as que implicavam gravação com o sistema foram adiadas”.

Nos tribunais, continua o dirigente, “não há redistribuição de processos, estão paradíssimos”.

“Não há distribuição dos processos pelos magistrados. Neste moment,o os processos nem sequer podem ser colocados nas prateleiras”, sublinha.

O Instituto de Gestão Financeira e Equipamentos da Justiça (IGFEJ) avançou, esta segunda-feira, em comunicado, que está assegurado "o pleno acesso a todas as funcionalidades da plataforma Citius", mas apenas com "os novos processos instaurados após 15 de Setembro" via electrónica.

Duas semanas depois do novo mapa judiciário ter entrado em vigor, só a partir desta segunda-feira começou a ser possível começar a aceder ao sistema informático Citius, onde são tramitados todos os processo judiciais. No entanto, os funcionários e advogados vão continuar sem conseguir aceder, para já, a todos os processos antigos.