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Passos Coelho: venda do Novo Banco "não tem nada a ver com eleições"

15 set, 2014

O primeiro-ministro elogiou a actuação do governador do Banco de Portugal no caso BES.

Passos Coelho: venda do Novo Banco "não tem nada a ver com eleições"
O primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, elogia a actuação do governador do Banco de Portugal no caso BES e diz que "o que aconteceu com o BES não ajuda a recuperar da crise e também não ajuda um Governo que tem eleições daqui a um ano, mas não estamos aborrecidos. O problema tem de ser resolvido, com eleições ou sem eleições". O primeiro-ministro respondeu às questões dos jornalistas depois da cerimónia de comemoração dos 35 anos do Serviço Nacional de Saúde, que decorre esta segunda-feira no
O primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, elogia a actuação do governador do Banco de Portugal no caso BES e garante que a urgência na venda do Novo Banco "não tem nada a ver com eleições".

"O Banco de Portugal, no âmbito das suas funções, actuou bem relativamente ao BES e teve 100% de apoio do Governo. Agradecemos ao senhor governador do BP não ter andado a tapar o sol com a peneira, como porventura se fez no passado", afirmou, esta segunda-feira, em Lisboa.

Passos Coelho determinou um prazo máximo de dois anos para a venda do Novo Banco, mas garantiu que não se trata de "vender à pressa, mas sim de minimizar riscos".

"O Novo Banco foi construído a partir dos melhores activos. Quanto mais tempo decorrer ate a sua alienação maior o risco da operação", disse, lamentando a instabilidade gerada pelo caso BES e reafirmando que o dinheiro dos contribuintes não vai ser usado. "Os portugueses mereciam uma confiança maior no seu sistema financeiro".

A administração do Novo Banco liderada por Vítor Bento demitiu-se na semana passada por discordar da estratégia do regulador. Vítor Bento defendia um projecto a médio prazo e discordava da venda rápida do banco preconizada pelo Banco de Portugal.

Não "tapar" o problema
Questionado pelos jornalistas sobre a influência da aproximação das eleições, reforçou: "Se tivéssemos interesse em tapar o problema para fazer umas eleições mais confortáveis, não estaríamos a agradecer ao senhor governador".

"O que aconteceu com o BES não ajuda a recuperar da crise e também não ajuda um Governo que tem eleições daqui a um ano, mas não estamos aborrecidos. O problema tem de ser resolvido, com eleições ou sem eleições".

Quanto a potenciais compradores, Pedro Passos Coelho admite não ser a pessoa indicada para falar sobre o assunto, até porque “não houve ainda um processo organizado de consulta ao mercado”. 

O primeiro-ministro respondeu às questões dos jornalistas depois da cerimónia de comemoração dos 35 anos do Serviço Nacional de Saúde, que decorre esta segunda-feira no pólo de Campolide da Universidade Nova de Lisboa.