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Ministro da Educação nega atrasos na colocação de professores

02 set, 2014

Cerca de seis mil docentes contratados estão no desemprego, por falta de colocação, e tiveram de se apresentar nos centros de emprego.

Ministro da Educação nega atrasos na colocação de professores

O ministro da Educação negou qualquer atraso na divulgação das listas de professores colocados e defendeu que os docentes têm 90 dias para se apresentarem no centro de desemprego, sendo desnecessário irem no primeiro dia.

"Não há atraso na publicação das listas, a colocação de professores tem um processo, são formadas as turmas, são conhecidos os professores, são conhecidas, este ano, as rescisões por mútuo acordo e, a partir daí, as vagas são distribuídas num processo que termina, no essencial, antes da abertura do ano lectivo", disse Nuno Crato.

O ministro, que respondia a questões dos jornalistas no final da sessão de abertura da 19.ª Conferência Nacional de Física, a decorrer em Lisboa, insistiu que "é isso que se está a passar este ano".

Cerca de seis mil professores contratados estão no desemprego desde segunda-feira, por falta de colocação, e tiveram de se apresentar nos centros de emprego.

Nuno Crato lembrou que não é preciso correr para as filas. “Qualquer pessoa tem 90 dias para se apresentar num centro de emprego, não precisa ir no primeiro dia em que suspeita que pode vir a estar sem emprego. É um drama que não se coloca".

Apesar de dizer que “percebe perfeitamente os problemas pessoais de uma série de docentes”, que precisam de colocação, o ministro foi peremptório: “Sempre dissemos e repetimos que são feitas as colocações estritamente necessárias”.

O ano lectivo arranca entre os dias 11 e 15 deste mês e os directores dos agrupamentos escolares receiam que as aulas comecem sem docentes. O ministro Nuno Crato garante que tal não vai acontecer.