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Tabela Única de Suplementos é desculpa para cortes, dizem sindicatos

01 set, 2014

Encontro serviu apenas para o Governo confirmar a proposta já apresentada. Frente Comum diz que o Executivo quer cortar ainda mais as remunerações dos trabalhadores.

O secretário de Estado da Administração Pública encontrou-se esta segunda-feira com vários sindicatos do sector para discutir a Tabela Única de Suplementos, que determina que os subsídios passam a corresponder a um montante pecuniário fixo e que sejam pagos apenas 12 meses.

A reunião suplementar a que o Governo, por lei, não pode faltar foi convocada pela Federação de Sindicatos da Administração Pública (FESAP).

A Frente Comum, o Sindicato dos Quadros Técnicos do Estado e a FESAP estiveram presentes no encontro, que serviu apenas para o Governo confirmar a proposta já apresentada.

Ana Avoila, coordenadora da Frente Comum, a primeira organização a ser recebida pelo secretário de Estado José Leite Martins, considera que a intenção do Executivo, com esta tabela, é só uma: cortar ainda mais as remunerações dos trabalhadores.

"Numa grande parte de trabalhadores que recebem 14 vezes, o que vai acontecer é que a maior parte dos trabalhadores vai ficar com uma redução ainda maior na remuneração", diz a sindicalista à Renascença. O mesmo acontecerá com as mudanças no pagamento de subsídios, alerta.

Ana Avoila explica ainda que no encontro os sindicatos demonstraram "repúdio por uma proposta, mais uma, que faz parte desta destruição de direitos e da redução das condições de trabalho da administração pública".

O Governo quer que a nova tabela de suplementos entre em vigor no dia 1 de Janeiro de 2015.