Barragem de Salamonde. Explosão faz dois feridos graves

Uma explosão na obra da barragem de Salamonde, em Vieira do Minho, no distrito de Braga, fez dois feridos graves, na manhã desta sexta-feira.

De acordo com o Centro Distrital de Operações de Socorro, trata-se de dois operários que trabalhavam na construção da nova central hidroeléctrica da barragem e foram assistidos pelo INEM.

A explosão teve lugar na zona da tomada de água, onde estão a ser iniciadas demolições.

Os funcionários “estavam a trabalhar com explosivos para proceder a essa demolição e algo não terá corrido conforme estava previsto”, disse à Renascença António Macedo, do CDOS de Braga.

Um dos feridos, já está estabilizado e “foi transferido para o hospital de Braga, não correndo qualquer tipo de perigo”.

“A outra vítima, que é considerada em estado muito grave, está, neste momento, a ser estabilizada na ambulância do INEM, junto a Vieira do Minho, para ser transferida para o helicóptero que também se encontra no local”, adiantou.

Em comunicado, a EDP, proprietária da barragem de Salamonde, confirma que o acidente com explosivos aconteceu por volta das 11h00, durante os trabalhos de preparação para a demolição de uma estrutura de betão, e garante que vai abrir um inquérito para apurar as circunstâncias do acidente.

Em obras desde 2010
Os trabalhos de construção civil em curso em Salamonde são da responsabilidade do consórcio Teixeira Duarte/Epos/Seth, desde o final de 2010. O dono da obra é a EDP Produção, que disponibiliza informações técnicas no seu site.

Segundo a EDP, a central de Salamonde II deveria entrar em serviço em Agosto de 2015 e tem um máximo de 500 trabalhadores ao serviço. Situa-se numa caverna a cerca de 200 metros de profundidade, na margem esquerda do Rio Cávado, e 150 metros a sul da barragem de Salamonde.

As obras têm como objectivo o “reforço de potência” para uma “potência total instalada de 207 megawatts”, diz a EDP. O investimento é de cerca de 200 milhões de euros. O arranque dos trabalhos, em 2010, foi assinalado com a presença do então primeiro-ministro José Sócrates.