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A indústria do calçado cresce, os centros de formação também

29 ago, 2014 • Júlio Almeida

Em S. João da Madeira, o antigo centro de formação profissional teve de alargar instalações para conseguir formar mais de 200 profissionais todos os anos.

O sector do calçado, que tem aumentado fortemente as exportações, está também em alta no recrutamento, no design e no desenvolvimento do produto.

Em S. João da Madeira, o antigo centro de formação profissional, agora reconvertido em academia, vê-se forçado a acompanhar a dinâmica da indústria, pelo que alargou instalações, de forma a conseguir albergar mais formandos em ambiente fabril e, assim, dar resposta aos pedidos crescentes das empresas que carecem de mão-de-obra qualificada.

“É um projecto, para fazer em fases, de remodelação total do edifício actual, e, durante o ano de 2014, pelo menos, construir um refeitório em condições", disse Eduardo Costa, director da academia do calçado. 

A instituição ensina, nesta altura, em contexto de trabalho, 80 formandos, número que não deixa vagas. “Conseguimos ter aqui o contacto com a produção, como se faz realmente o sapato, e as noções que um designer tem que ter para que o sapato seja viável", explica uma formanda à reportagem da Renascença.

Entre os alunos, há quem reclame ter a indústria do calçado quase nos genes: “A minha mãe foi chefe de linha, já trabalhou, até, neste centro, e o meu pai foi estagiário neste centro, há 30 anos", conta outra estudante.

Em 2013,nsaíram da academia do calçado 200 profissionais, entre costureiras, montadores, designers ou gaspeadeiras. Quando 2014 terminar, o número deverá ser maior, de modo a responder à pressão do mercado de trabalho.