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Liquidação de empresa têxtil acaba com mais de 150 postos de trabalho

27 ago, 2014

Não há alternativa. O "chavão" é utilizado pelo administrador judicial, nomeado para acompanhar a insolvência da empresa de Vila Nova de Famalicão.

A Filobranca, empresa têxtil de Vila Nova de Famalicão, vai ser liquidada e os 157 trabalhadores ficam sem emprego. A decisão foi tomada esta quarta-feira na assembleia de credores.

Segundo o administrador judicial, nomeado para acompanhar a insolvência, não resta outra alternativa que não seja a liquidação da empresa e o fim dos contratos de trabalho.

A Filobranca, que funciona em duas unidades (uma têxtil e uma de estamparia) tem ainda uma terceira unidade na Roménia, que emprega 160 trabalhadores.

A empresa do Vale do Ave ficou famosa por garantir os direitos exclusivos da produção e distribuição do vestuário da saga da “Guerra das Estrelas”, quando já tinha também licença para os produtos da Disney. No entanto, não terá aguentado a pressão do mercado e acumulou prejuízos que rondam os 10 milhões de euros.

Em Junho a empresa fundada nos anos 70 pediu insolvência e, no início deste mês, a fábrica encerrou para férias, mas para nunca mais abrir portas. Mais 157 trabalhadores vão para o desemprego, a maior parte são mulheres que ganhavam o salário mínimo.

A empresa, que já foi grande, não resistiu à pressão do mercado global. Nos últimos anos acumulou prejuízos de quase 10 milhões de euros, apesar de o proprietário ter investido o seu próprio dinheiro na Filobranca.

Em declarações à Renascença, o coordenador do Sindicato Têxtil do Minho e Trás-os-Montes, Francisco Vieira, admite que o empresário tudo fez para salvar a empresa e os postos de trabalho, mas não conseguiu.

O sindicalista diz que o futuro depende de aparecer um interessado na unidade fabril, agora disponível por preços mais baixos. “A solução pode passar pela transmissão do estabelecimento, mas com uma diferença muito grande, é que não é assumida a antiguidade dos trabalhadores . A Filobranca morreu e não há dívidas, quem começar, começa do zero”, sublinha Francisco Vieira.

[notícia actualizada às 23h34]