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Ministério da Justiça desdramatiza queixas dos funcionários judiciais

20 ago, 2014

Sindicato alega ter recebido 240 reclamações, que contestam as listas de colocação publicadas. O novo mapa entra em vigor dentro de dez dias.

O Ministério da Justiça desdramatiza as queixas do Sindicato dos Funcionários Judiciais relativas ao novo mapa judicial, que diz já ter recebido 240 reclamações.

Enquanto o sindicato fala em caos no processo de colocação de sete mil funcionários nos novos locais de trabalho, em entrevista à Renascença, o director-geral da Administração da Justiça reconhece que reclamar é um direito de qualquer funcionário e que também, neste caso, isso está perfeitamente salvaguardado.

Pedro Lima Gonçalves esclarece, no entanto, que as queixas não são centenas. “Só recebemos algumas dezenas, mas estamos a falar de um universo de cerca de sete mil pessoas. Algumas - explicada a situação - compreendem perfeitamente.”

O director-geral também garante que apesar das reclamações e pedidos de esclarecimento o processo não terá qualquer desvio, e que em Setembro o novo mapa judicial estará em vigor.

Pedro Lima Gonçalves explica que o ministério tentou colocar todos os funcionários “naquilo que lhes correspondia” e que são poucos os que mudam de concelho. “Foi este o critério que foi utilizado e, portanto, multiplicando isto pela generalidade do país quase todos os oficiais de justiça ficarão no sítio onde estavam. Mais de 90%, quase 100% ficam no mesmo município”, sublinha.

Apesar destas explicações, o sindicato marcou uma reunião de direcção para o início de Setembro, admitindo avançar com formas de luta que podem resultar numa greve em Setembro ou Outubro.

Novo mapa prevê o encerramento de 20 tribunais, em compensação, anunciou a ministra, vão ser criadas 27 secções de proximidade.