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Funcionários contestam colocações do novo mapa judiciário

20 ago, 2014

Sindicato dos Funcionários Judiciais já recebeu 240 reclamações. O novo mapa entra em vigor dentro de dez dias.

Centenas de funcionários judiciais estão a contestar as listas de colocação publicadas pela Direcção-Geral da Administração da Justiça há uma semana, quando faltam dez dias para a entrada em vigor do novo mapa judiciário.

O presidente do Sindicato dos Funcionários Judiciais, Fernando Jorge, alude, em declarações à Renascença, a uma “uma situação perfeitamente caótica para os tribunais”, que poderia ter sido evitada.

O dirigente sindical defende que as listas deviam ter sido publicadas “com a mesma antecedência com que se fez relativamente aos magistrados, juízes e procuradores", ou seja, "com dois ou três meses de antecedência” e não a dez dias do sistema ser confrontado com um novo mapa.

Ao sindicato, já chegaram, até terça-feira, 240 reclamações, mas são esperadas mais ,uma vez que, de acordo com  Fernando Jorge, “não foram cumpridos alguns critérios” respeitantes à afinidade, antiguidade na categoria, classificação de serviços, localização dos tribunais e residência das pessoas.

Mil funcionários fora da lista de colocações
Alguns funcionários judiciais são confrontados com a necessidade de encontrar forma de chegar ao novo local de trabalho. “Há funcionários de Leiria que foram colocados a 70 quilómetros da cidade e não há nenhum transporte. Pessoas de Vila Franca de Xira vão ser colocadas em Loures”, conta Fernando Jorge, adiantando que o director-geral da Administração da Justiça, com já se reuniu, garantiu resposta a todas as reclamações.

O sindicato marcou, entretanto, uma reunião para a primeira semana de Setembro, com o objectivo de avaliar a entrada do novo mapa judiciário. O presidente do Sindicato dos Funcionários Judiciais admite que se possa avançar formas de luta, algo que poderá passar por uma greve, em Setembro ou Outubro.

Cerca de mil funcionários ainda não foram contratados, apesar de o ministério admitir que são necessários.

Novo mapa prevê o encerramento de 20 tribunais, em compensação, anunciou a ministra, vão ser criadas 27 secções de proximidade.