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Pai da bebé que morreu com queimaduras fica em prisão preventiva

19 ago, 2014

Arguido, de 30 anos, esteve a ser ouvido durante cerca de três horas.

O juiz do Tribunal de Instrução Criminal decidiu aplicar a pena de prisão preventiva ao pai da bebé que morreu com queimaduras provocadas por água a ferver, em Lisboa.

O arguido de 30 anos, está indiciado pela prática dos crimes de violência doméstica e de maus-tratos, que levaram à morte da menina, esteve a ser ouvido durante cerca de três horas.

Os pais da bebé foram ouvidos na segunda-feira pela PJ, tendo o homem ficado detido para ser presente esta terça-feira a tribunal, enquanto a mulher saiu em liberdade.

"Ele [arguido] prestou declarações, respondeu às perguntas do juiz e colaborou com a justiça", adiantou à Lusa António Catraia, advogado do arguido, que vai assim aguardar julgamento em prisão preventiva, a medida de coacção mais gravosa.

"A vítima, de quatro meses e filha do suspeito, faleceu em consequência de queimaduras, exibindo ainda sinais de lesões traumáticas em diversas partes do corpo. Os elementos apurados levam a crer que os maus-tratos viessem a ser infligidos de forma reiterada há já algum tempo", refere um comunicado da PJ, divulgado na segunda-feira.

A bebé morreu na noite de domingo, em Marvila, Lisboa. Os pais foram depois detidos pela polícia, e entregues à PJ, que ficou responsável pela investigação. O outro filho do casal, de 18 meses, foi retirado aos pais e entregue a um centro de acolhimento temporário.

[Notícia actualizada às 20h00]